De resíduos a soluções: SENAI-SC e MIT inovam no aproveitamento sustentável do açaí

Projeto conecta ciência, sustentabilidade e comunidades amazônicas para reaproveitamento de resíduos. A iniciativa foi selecionada em edital do MIT e receberá aporte de 18 mil dólares

pote de açaí em tigela.
Iniciativa tem foco em sustentabilidade e geração de renda para comunidades ribeirinhas

Um projeto de pesquisa desenvolvido pelo Instituto SENAI em Santa Catarina quer encontrar rotas tecnológicas para a valorização do resíduo do açaí. O fruto é um dos principais símbolos da Amazônia e pilar da economia sustentável da região. 

A iniciativa vai receber o aporte de 18 mil dólares do Massachusetts Institute of Technology (MIT) e tem foco em sustentabilidade, geração de renda para comunidades ribeirinhas e fortalecimento das cadeias produtivas amazônicas.

Apesar de sua popularidade, apenas 30% do fruto é aproveitado como polpa. Os outros 70%, majoritariamente sementes, são descartados. 


“Nosso projeto representa um modelo de cooperação internacional que une ciência aplicada, inovação sustentável e valorização das comunidades locais. O objetivo é gerar soluções com impacto real, potencial de escalabilidade e formação de talentos com experiência prática”, destaca Fabrízio Pereira, diretor-regional do SENAI/SC.


Além do impacto ambiental

pote de açaí em tigela.
Cooperativa Amazonbai vai fornecer o bagaço do açaí para o projeto

Ao longo de quatro fases, o projeto envolve diagnóstico, ideação, prototipagem e validação de soluções como carvão ativado, materiais de construção e outros subprodutos sustentáveis.

De acordo com Jocinei Dognini, pesquisador do Instituto SENAI de Tecnologia Ambiental, os impactos desse projeto são múltiplos e interligados.


"Do ponto de vista ambiental, promovemos o aproveitamento de resíduos e combatemos o descarte inadequado na cadeia do açaí. No aspecto social, fortalecemos as comunidades locais com geração de renda e acesso à capacitação”, destaca.


Há ainda impactos no campo econômico, já que o projeto busca soluções com alto potencial de escalabilidade e retorno. “Tudo isso se conecta com o desenvolvimento científico e educacional, ao integrar pesquisa aplicada, inovação e parcerias internacionais”, acrescenta Dognini.

Além do Instituto SENAI de Tecnologia Ambiental, participam do projeto o UniSENAI Blumenau, Amazonbai Cooperativa da Amazônia, a Universidade Federal do Pará (UFPA), o Instituto Tecnológico da Vale e o departamento de bioengenharia do MIT.

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