Projetos de Chapecó e de Florianópolis recebem premiação nacional em inovação

Queijo petit suisse à base do soro do leite e espectrofotômetro portátil ficam entre os três melhores produtos na Mostra Inova SENAI, realizada junto com a Olimpíada do Conhecimento, em São Paulo

Um queijo petit suisse à base do soro do leite, desenvolvido em Chapecó, e o espectrofotômetro portátil, de Florianópolis, ficaram entre os três primeiros colocados na categoria produto da Mostra Inova SENAI 2012. O evento foi realizado no Parque Anhembi, em São Paulo, junto com a Olimpíada do Conhecimento. A premiação, na manhã deste sábado, dia 17, é o reconhecimento às iniciativas inovadoras desenvolvidas por alunos e professores do SENAI, entidade que, em Santa Catarina, integra o Sistema FIESC.

O uso do soro do leite para a produção do queijo petit suisse, classificado em segundo lugar, elimina um grande problema ambiental da indústria do setor, transformando o que seria um rejeito em matéria-prima, enriquecida, para outro produto. Na situação atual, o soro do leite, rico em proteínas, é descartado por muitas indústrias, que antes precisam dissolver as proteínas, operação que demanda 4,5 litros de água para cada litro de soro. A proposta desenvolvida em Chapecó elimina esse desperdício de água, pois reaproveita as proteínas na fabricação do queijo petit suisse. O uso dessas proteínas também reduz o custo de fabricação do produto final em cerca de 40%. "O prêmio é uma realização pessoal, porque trabalhamos horas e horas, dia e noite, nesse projeto. A premiação é uma satisfação e uma honra", resume a estudante Joana Baldissera, da equipe que desenvolveu o produto. O grupo, de alunos e professores, foi composto ainda por Andréia Faion, Debora França e Fernanda Andolfato.

No caso do espectrofotômetro, seus benefícios são a agilidade e maior eficiência na realização de análises da qualidade da água e indentificação de substâncias nela presentes. Os espectrofotômetros permitem diagnosticar a presença de substâncias a partir da emissão das luzes, do infravermelho ao ultravioleta. Contudo, são em geral equipamentos caros e de grande porte, o que exige a coleta e movimentação das amostras a serem analisadas. A versão portátil criada pelo SENAI em Florianópolis e classificada na terceira posição do Inova, permite o transporte do equipamento para a realização da análise da água no ponto de coleta, proporcionando a leitura imediata do resultado. Além disso, o produto final oferece mais precisão que a média dos equipamentos existentes no mercado. "O Inova foi uma vitrine, pois permitiu o contato com investidores e outros desenvolvedores. Foi fantástico", afirma Thiago Leandro Oliveira, pesquisador da instituição e que participou do projeto juntamente com Roberto Fullgraf e Davi de Souza Campos.

O diretor de educação e tecnologia, Antônio José Carradore, lembra que o SENAI/SC tradicionalmente tem conquistado premiações nos concursos de inovação promovidos pela instituição em âmbito nacional. "Essa conquista caracteriza o desenvolvimento que o SENAI em Santa Catarina vem fazendo em termos de inovação. Também mostra o potencial, a capacidade e a competência que a organização tem para continuar desenvolvendo novas tecnologias", afirma.

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