Ministro da Indústria lança programa Brasil Mais Produtivo na Bahia

O Plano Nacional da Cultura Exportadora (PNCE) e o programa Brasil Mais Produtivo foram lançados nesta quinta-feira (8) visando estimular a competitividade das indústrias, principalmente de pequeno porte, e aumentar a participação brasileira no mercado externo

“Para que a indústria se mantenha protagonista na retomada do crescimento é preciso melhorar a competitividade e produtividade das empresas” - Marcos Pereira

O ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira, lançou, nesta quinta-feira (8), na sede da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), em Salvador, o Plano Nacional da Cultura Exportadora (PNCE) e o programa Brasil Mais Produtivo. As ações visam estimular a competitividade das indústrias, especialmente as de pequeno porte, assim como o aumento da participação do Brasil no mercado externo. 

Na cerimônia de lançamento, Pereira pontuou que, apesar da economia dar sinais de recuperação, os números da indústria não foram muito “favoráveis” nos últimos meses. “Para que a indústria se mantenha protagonista na retomada do crescimento e para que haja a recuperação do dinamismo da indústria nacional, é preciso melhorar a competitividade e produtividade das empresas”, disse. 

No lançamento, o presidente da FIEB, Ricardo Alban, entregou ao ministro um conjunto de propostas elaboradas pela Federação, com pontos para o fortalecimento das ações do governo federal no sentido de impulsionar o desenvolvimento do comércio exterior brasileiro, em particular o da Bahia. As propostas focam aspectos prioritários, divididos em três temas: burocracia, infraestrutura e acordos bilaterais. 

PROGRAMAS – Iniciado em abril, o Brasil Mais Produtivo prevê intervenções rápidas e de baixo custo para melhorar o processo produtivo aumentando em pelo menos 20% a produtividade das empresas participantes. Por meio de consultoria executada por equipes do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) no chão de fábrica, os empresários identificam desperdícios e implementam ferramentas de manufatura enxuta. O programa vai atender três mil pequenas e médias indústrias dos setores de alimentos e bebidas, vestuário e calçados, metal mecânico e moveleiro (leia reportagem sobre o assunto). 

A metodologia do Brasil Mais Produtivo foi desenvolvida pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) em parceria com o SENAI e teve como base as experiências realizadas em empresas da Bahia e de Santa Catarina. “Com o programa do governo federal nós vamos proporcionar que pequenas e médias empresas tenham acesso a um tipo de abordagem, com ganhos de produtividade, que só grandes organizações atingiam”, explicou o diretor de Educação e Tecnologia da CNI e diretor do SENAI nacional, Rafael Lucchesi. O ministro Marcos Pereira anunciou que, até o fim deste mês, o governo irá lançar um desdobramento do programa: um piloto com foco em eficiência energética. 

O PNCE pretende aumentar o número de empresas que operam no comércio exterior e incentivar o aumento das exportações de produtos e serviços. As empresas contarão com ferramentas de treinamento, capacitação, consultoria para adequação de produtos, e identificação de mercados. Ele é desenvolvido em cinco etapas – sensibilização, inteligência comercial, adequação de produtos e processos, promoção comercial e comercialização. Além disso, conta com três temas transversais para o direcionamento das empresas: financiamento, qualificação e gestão. 

REFERÊNCIA EM INOVAÇÃO - O ministro Marcos Pereira também visitou o Campus do SENAI-Cimatec, em Salvador, para conhecer os investimentos do Sistema Indústria em laboratórios, pesquisas, tecnologia e inovação. Unidade referência no Brasil, o Campus Integrado de Manufatura e Tecnologia foi inaugurado pelo SENAI em 2002. O SENAI-Cimatec oferece soluções tecnológicas relacionadas ao tema de manufatura avançada (Indústria 4.0), nova geração de tecnologias que trará um salto de produtividade para as empresas. Localizado em Salvador, o campus abriga três Institutos SENAI de Inovação, seis Institutos SENAI de Tecnologia, mais de 40 laboratórios didáticos e para prestação de serviços, um centro de universitário, 35 salas de aula de cursos de educação profissional, biblioteca, auditórios e ambientes de certificação de pessoas. O objetivo é formar profissionais qualificados para atuar em processos industriais em áreas de ponta e prestar serviços técnicos e tecnológicos à indústria.

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