A indústria automobilística - maior consumidora de baterias de chumbo ácido - tem buscado de forma cada vez mais intensa um sistema energético eficiente. Isso é consequência das novas tecnologias embarcadas utilizadas nos veículos.
Sempre antecipando tendências, o Sistema FIEP, da Federação das Indústrias do Estado do Paraná, por meio do Instituto SENAI de Inovação em Eletroquímica (ISI-EQ), inicia, nesta quarta-feira (28/11), no Campus da Indústria, em Curitiba, as atividades do Laboratório de Prototipagem de Placas de Baterias Chumbo-ácido e Testes Elétricos.
A atividades do laboratório fazem parte da segunda fase do Projeto Consórcio desenvolvido pelo ISI-EQ e mais 11 fabricantes brasileiras do setor automotivo para o fornecimento de uma solução tecnológica para produção de Baterias Chumbo-Ácido Melhoradas com Nanotecnologia Embarcada.
Com 90m², integrado à estrutura do Instituto SENAI de Inovação em Eletroquímica, o laboratório de prototipagem de placas de baterias chumbo-ácido possui equipamentos similares aos usados pelas indústrias de baterias e tem capacidade de produzir dois protótipos por dia.
Dentro da programação do evento, aproximadamente 70 técnicos convidados integrantes do consórcio participarão de um minicurso sobre Baterias Chumbo-Ácido: Atualização e Futuro, com o consultor Abel Chacon, e de uma palestra sobre a aplicação de sementes de 4BS em placas de Baterias Chumbo-Ácido, que será proferida pelo representante técnico Ary Gonçalves.
“Pela primeira vez o Paraná está desenvolvendo um projeto em consórcio para uma solução tecnológica, que resultará no aumento de competitividade, com tecnologia e insumos nacionais para atender às novas exigências do mercado automotivo”, analisa o pesquisador do ISI-EQ, Leandro da Conceição.
PROJETO CONSÓRCIO - Dividido em duas fases, o Projeto Consórcio teve sua primeira fase iniciada em julho de 2017, com a avaliação e caracterização físico-química dos processos produtivos de cada empresa na produção do óxido chumbo, a produção da massa e o empastamento de todos os componentes internos da bateria, dando aos fabricantes um Raio-X de cada etapa do processo produtivo.
Com previsão de dois anos de duração, a segunda fase começou em janeiro de 2018, contemplando a pesquisa, desenvolvimento e inovação de placas com nanotecnologia embarcada para a produção das novas baterias melhoradas (EFB – Enhanced Flooted Battery). “Todos os resultados e parâmetros apresentados na primeira fase do projeto estão sendo empregados para a produção das novas placas. Essas novas baterias serão testadas em laboratórios credenciados pelo INMETRO. Cada fabricante terá a sua própria solução tecnológica e o sigilo industrial estará garantido”, ressalta o pesquisador Leandro da Conceição.
PIONEIRISMO - O Instituto SENAI de Inovação em Eletroquímica foi o primeiro da rede em todo o Brasil a ser inaugurado. Com infraestrutura laboratorial e de recursos humanos altamente capacitados, realiza pesquisas aplicadas à indústria, desenvolvendo produtos e processos inovadores de combate à corrosão, sensores eletroquímicos, baterias, tintas inteligentes e revestimentos industriais, por meio da elaboração de projetos de alto impacto industrial, tecnológico e econômico.