Custo da energia elétrica para indústria

O Brasil possui uma das mais caras tarifas de energia elétrica para a indústria, vem conferir como é feito o cálculo do custo

O Brasil possui uma das mais caras tarifas de energia elétrica para a indústria, superando o custo de países como a França, Canadá, Turquia, México e Estados Unidos.

Em agosto de 2021 a tarifa média de energia elétrica para indústria no mercado cativo foi de R$ 684,77 por MWh. O alto preço da energia elétrica é um dos fatores que diminuem a competitividade da indústria brasileira.

Crise hídrica

O Brasil está novamente diante de uma grave crise hidrológica. Entre setembro de 2020 e agosto de 2021 tivemos a pior afluência hídrica dos últimos 91 anos. A falta de chuvas, em especial, nas bacias das regiões Sudeste e Centro-Oeste, tem sido persistente e gerado problemas em vários setores da economia.

O patamar registrado no subsistema Sudeste Centro-Oeste para o mês de agosto (20,88%) é o mais baixo de toda a série histórica registrada pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) para este mês, iniciada em 2000

A inevitável Comparação entre 2021 e o ano do Racionamento de Energia Elétrica (2001):

  • Composição da Matriz Energética: Atualmente a matriz elétrica brasileira é bastante diferente daquela que existia no ano do racionamento. Em 2001, a matriz de energia elétrica era pouco diversificada, concentrando-se na geração hidrelétrica com aproximadamente 83% da potência instalada, seguida pela geração térmica com 14%, sendo complementada com 2,7% de geração nuclear. Em 2001, não existia geração eólica e solar no Brasil.
  • Extensão das Linhas de Transmissão: Outra questão importante na comparação entre 2001 e 2021 é a grande expansão nas linhas de transmissão. Em 2001, o País possuía cerca de 70 mil km e em 2021 atingiu 165 mil km, mais do que o dobro daquela época. Isso permite maior eficiência na integração entre as fontes de produção e consumo, garantindo maior segurança no fornecimento de energia e diminuindo os riscos em caso de escassez hídrica.

Destaques da pesquisa CNI sobre a crise hídrica, realizada em julho de 2021

Nove em cada dez empresários consultados pela CNI dizem que estão preocupados com a crise hídrica, sendo as maiores preocupações o aumento do custo da energia (83% dos que estão preocupados), o racionamento de energia elétrica (63%) e a possibilidade de instabilidade ou interrupções no fornecimento de energia (61%).

Quase todos os empresários consultados (98%) acreditam que haverá aumento de custo da energia e 62% acreditam que pode haver racionamento. Os empresários temem que a crise hídrica afete sua competitividade. Em média, 52% dos empresários consultados acreditam que a crise hídrica reduzirá a competitividade de suas empresas, sendo que 39% acreditam que isso ocorrerá provavelmente e 13% que isso ocorrerá com certeza.

A crise hídrica está motivando ações por parte dos empresários, como investimentos em eficiência energética, em autogeração, geração distribuída e em tratamento e reuso da água.

Criação da Câmara de Regras Excepcionais para Gestão Hidroenergética (CREG)

A Câmara, instituída pela Medida Provisória nº 1.055/2021, tem como objetivo administrar a crise em um ambiente multisetorial e definir diretrizes para fixar limites de uso, armazenamento e vazão das usinas hidrelétricas.

Programas voluntários de redução de demanda e energia

  • A) Programa de Redução Voluntária de Demanda de Energia Elétrica – RVD
  • B) Programa de Incentivo à Redução Voluntária do Consumo de Energia Elétric

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