Sucesso e orgulho na volta dos vencedores brasileiros do WorldSkills

O voo 247 vindo de Londres, que pousou às 5h20 desta terça-feira, 4 de outubro, no Aeroporto Internacional de São Paulo, trouxe mais do que os 28 estudantes brasileiros de cursos técnicos e de aprendizagem industrial e comercial que disputaram o 41º WorldSkills Competition, maior torneio de educação profissional e tecnológica do mundo

São Paulo -O voo 247 vindo de Londres, que pousou às 5h20 desta terça-feira, 4 de outubro, no Aeroporto Internacional de São Paulo, trouxe mais do que os 28 estudantes brasileiros de cursos técnicos e de aprendizagem industrial e comercial que disputaram o 41º WorldSkills Competition, maior torneio de educação profissional e tecnológica do mundo. Eles trouxeram na bagagem, seis medalhas de ouro, três de prata e duas de bronze e também a experiência internacional, a certeza de um trabalho bem feito e planos para o futuro.

A equipe brasileira, liderada pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), participou de 25 das 46 ocupações disputadas em Londres e, com as 11 medalhas e os 10 certificados de excelência que ganhou, ficou no segundo lugar geral. Avançou uma posição em relação à edição anterior, disputada em 2009, em Cálgari, no Canadá.

O estudante Rodrigo Ferreira Silva, do Rio de Janeiro, que conquistou o ouro em Londres na ocupação joalheria, quer se dedicar à profissão e proporcionar mais felicidade às pessoas. "Gosto da profissão porque ela faz as pessoas felizes, por mais que as joias sejam caras. Agora pretendo continuar os estudos, até mesmo fora do Brasil, para trazer novas técnicas e truques para cá", contou. Segundo ele, o que garantiu o primeiro lugar no WorldSkills foi a calma. "O nível era muito bom, porque eram os melhores de cada país. A prova escolhida foi a da França, então, aparentemente, o competidor francês estava mais apto. A questão foi conter o nervosismo", lembrou.

O concorrente na ocupação tecnologia da informação, Paolo Bueno, conquistou uma medalha de prata na competição mundial e vai voltar para o curso na mesma área na Universidade de São Paulo (USP-Leste). Além disso, ele vai participar da preparação dos alunos do SENAI que disputarão as Olimpíadas do Conhecimento em 2012, em São Paulo, para selecionar a equipe que disputará a próxima edição do WorldSkills.
Em Londres, Paolo desenvolveu um projeto de um sistema para auxiliar uma organização parecida com a FIFA, em uma competição promovida por ela. "A maior dificuldade foi que o descritivo mudou completamente. A gente teve provas surpresas, então eles interrompiam a tarefa e davam outra, ao mesmo tempo", disse Paolo.

O medalhista de prata Guilherme de Souza Vieira, que competiu na modalidade design gráfico, relatou que desenvolveu em Londres projetos de identidade corporativa, embalagem, editorial e promocional. "Tinha muita gente preparada, principalmente na parte objetiva da prova. Foi bem legal. Não faltou muito da minha parte para chegar ao ouro, mas a prata é um resultado excelente para o design gráfico, porque o Brasil não tem tradição na modalidade", analisou. O próximo projeto dele é entrar na faculdade de design gráfico.

O Brasil conquistou o terceiro ouro seguido nas competições do WorldSkills na modalidade de mecânica de refrigeração. Dessa vez com Willian Ramon Grassioti, que informou que a pressão sobre a equipe brasileira foi grande, pelo favoritismo. Ele montou, em 12 horas, uma câmara fria com degelo de gás quente e instalou, em quatro horas, um condicionador de ar. "A organização sorteou defeitos e colocou um em cada equipamento, para que nós os descobríssemos em menos de meia hora e os consertássemos. Foi uma prova difícil", disse. Willian será professor do SENAI.

Antônio Carlos Dias, um dos líderes da equipe brasileira, contou que os garotos e garotas superaram bem o estresse emocional e a ansiedade pré-competição. "O emocional sempre aflora no primeiro dia. Mas, todos eles superaram a ansiedade e isso foi positivo para a competição. Nossa preparação foi muito boa", analisou.

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