Professores desenvolvem projetos exitosos e são destaque em encontro do SESI

O 3º Encontro Nacional do Sistema Estruturado de Ensino da Rede SESI foi realizado nos dias 29 e 30 de novembro, em Brasília

“A intenção era fazer um evento para o Dia Internacional da Mulher, mas os próprios alunos fizeram com que a iniciativa se tornasse muito maior”, afirma a professora Juliana Barbosa

O que poderia ter sido mais uma atividade escolar cotidiana virou um grande projeto que inspirou alunos e professores a pesquisarem e debaterem sobre o papel da mulher na sociedade do século 21. Incentivados pela professora de Língua Portuguesa Juliana Barbosa, pela professora de Sociologia  Isabela Ribeiro, e pela bibliotecária Letícia Gomes, estudantes do 1º ao 3º ano do ensino médio da Escola SESI Gama, no Distrito Federal, não se limitaram aos muros da escola para ir atrás de informações sobre temas sugeridos por eles mesmos.

“A intenção era fazer um evento para o Dia Internacional da Mulher, mas os próprios alunos fizeram com que a iniciativa se tornasse muito maior”, afirma a professora Juliana Barbosa. Ao longo  de março e abril deste ano, eles realizaram leituras e entrevistas, participaram de seminários, produziram textos e vídeos e ainda instigaram professores de outras disciplinas a se envolverem no projeto, abordando exemplos de mulheres atuantes nas diferentes áreas do conhecimento.

O projeto foi um dos destaques do 3º Encontro Nacional do Sistema Estruturado de Ensino da Rede SESI, que reuniu representantes dos Departamentos Regionais de todo o país, nos dias 29 e 30 de novembro, em Brasília. Ao todo, 20 experiências exitosas de diferentes cidades brasileiras foram destacadas durante o evento. “Esse é um encontro de valorização do trabalho que os professores fazem lá na ponta. Eles trabalham o ano inteiro com projetos cada vez mais inovadores, então, todos os anos, selecionamos as melhores práticas que serão disseminadas para toda a rede”, explica Sérgio Gotti, gerente-executivo de Educação do Departamento Nacional SESI.

Os alunos do ensino médio desenvolveram uma peneira cilíndrica para resolver o problema de ergonomia no processo de lavagem do sururu pelos pescadores da lagoa Mundaú, em Maceió

Outro exemplo de sucesso é o projeto Suruneira, coordenado pelo professor de Artes Jonatha de Albuquerque Vieira, da Escola SESI/SENAI Carlos Guido Ferrario Lôbo, em Maceió (AL). Os alunos do ensino médio desenvolveram uma peneira cilíndrica para resolver o problema de ergonomia no processo de lavagem do sururu pelos pescadores da lagoa Mundaú. Atualmente, para realizar essa tarefa, os pescadores usam engradados de cerveja, que são mergulhados na água para a pré-lavagem do molusco. A atividade exige que o pescador fique com a coluna completamente arqueada e envolve grande esforço, o que gera dores incapacitantes.

“Partimos da ideia de uma peneira que já existe na construção civil. Nós adaptamos com a inclusão de uma manivela que facilita todo o processo e reduz o tempo de lavagem”, esclarece Jonatha Vieira.

O projeto está em fase final de testes. Foram feitas algumas adaptações sugeridas pelos lavadores, e irá para uma segunda fase de testes. O modelo de suruneira será entregue à Federação de Pesca de Alagoas para que seja replicado entre os pescadores do estado.

STALKS – A experiência foi divulgada também no STalks, promovido pelo projeto Geração S no dia 30, com transmissão ao vivo pelo Facebook do SESI. Trata-se de uma série de palestras dinâmicas que promovem reflexão sobre as experiências que fazem a diferença dentro e fora do Sistema Indústria. O aplicativo Geração S é voltado para funcionários e alunos das unidades do SESI e do SENAI de todo o país.

STEAM – Além da apresentação das 20 melhores práticas pedagógicas de 2018 da rede SESI, os representantes dos Departamentos Regionais participaram de uma palestra sobre STEAM, uma metodologia que trabalha de forma integrada as áreas de Ciências, Tecnologia, Engenharia, Arte e Matemática e é baseada na aprendizagem por projetos.

“O projeto nasce de uma indagação, passa por uma etapa de pesquisa, que exige interação e compartilhamento, pela fase de elaboração e, finalmente, chega a um produto final”, explica a consultora educacional, Marly Machado Campos. Segundo ela, se o produto final estiver voltado para a solução de um determinado problema no meio em que se vive, ele é capaz de transformar a realidade. “Ele é capaz de transformar vidas e isso é muito significativo na nossa existência”, lembra a consultora.

O modelo STEAM já está sendo utilizado dentro da rede de escolas do SESI. Segundo o diretor de operações do SESI, Paulo Mól, ela tem sido importante para vincular as ações escolares aos problemas do mundo real. “O aluno do SESI é instigado a pensar soluções para problemas práticos, sempre com criatividade e perspicácia, envolvendo diferentes tipos de conhecimento na busca dessas soluções”, destaca.

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