Oficinas do Festival SESI de Robótica convidam o público a experimentar

Cerca de 160 pessoas participaram das atividades Acesse unindo tecnologia, arte e programação de forma interdisciplinar

Os participantes das oficinas tinham diferentes idades, formações e vinham de vários lugares do Brasil

A programação do Festival SESI de Robótica contou com oficinas interdisciplinares abertas para professores e público em geral. Cerca de 160 pessoas participaram das atividades que ocorreram nos três dias de evento (15,16 e 17 de março), no pavilhão 3, do Píer Mauá, no Rio de Janeiro.

As denominadas Oficinas Acesse partiram do mesmo princípio do programa Acesse (Arte Contemporânea e Educação em Sinergia) desenvolvido desde o ano passado nas escolas do Serviço Social da Indústria (SESI). “A ideia é pensar nas articulações entre tecnologia, arte e programação de uma forma interdisciplinar”, explica Agnes Mileris, coordenadora da ação.

As oficinas contaram com a participação de artistas ganhadores do Prêmio Indústria Nacional Marcantonio Villaça, considerado o mais importante prêmio de arte contemporânea brasileiro, promovido pelo SESI. Uma das representantes era Mariana Manhães, artista visual, que, entre os seus principais trabalhos está a produção de esculturas com ligações eletrônicas entre telas de vídeo e mecanismos robóticos.

“Esse tipo de atividade incentiva muito a criação. O que eu acho legal é fugir do comum, usar outros materiais além do Lego”, comenta.  

Os participantes das oficinas tinham diferentes idades, formações e vinham de vários lugares do Brasil. Isac Miranda, 9 anos, estava empolgado com a possibilidade de montar mecanismos e robotizá-los. Ele e a mãe,  Cristiane Miranda, 39 anos, vieram do Irajá para ver o Festival. Percorreram 25 km até o Píer Mauá.

Assim que a oficina começou, Isac colocou a mão na massa: montou uma prensa hidráulica com seringas e uma tábua de madeira. Entretanto, o invento não foi para frente. Partiu então para montar um robô conectado ao um tablet que mexia as rodas. “Eu gostaria muito de ter aulas assim na minha escola”, conta.

O envolvimento das oficinas era tamanho que Cristiane não conseguiu ficar de fora. Ela também montou uma gaiola que acende luzes e se movimenta. “Eventos como esse são muito legais, mudam o fim de semana, que, geralmente, só vamos para o shopping center ou algum parque”. Cristiane conta que Isac sempre brinca com as peças que o pai leva para casa, ele trabalha com manutenção de computadores. 

Isac Miranda e a mãe Cristiane estavam empolgados com a possibilidade de montar mecanismos e robotizá-los

OFICINAS - A primeira Oficina Acesse foi promovida na sexta-feira (15) e teve como tema “Vista-se de bactérias”. Nela, o objetivo era unir as temáticas de moda e biotecnologia. A atividade consistia em manipular bactérias de kombucha para produção de biotecidos, sendo explorada a relação entre ciência, tecnologia, arte, design e sustentabilidade no currículo do ensino médio.

A professora Hellen Gomes, 30 anos, trabalha na escola do SESI de Nova Iguaçu (RJ) e marcou presença. “Eu participo das atividades do Acesse desde o ano passado e ele sempre me ajudou a sair da caixinha. Consigo ver a arte como facilitadora do meu fazer pedagógico”. 

No sábado (16) foi a vez de mais duas oficinas: “Engenhocas e Poesia” e “Qual é a ética por trás da sua tecnologia”. Na primeira, a ideia foi trabalhar poética, programação e robótica. Os participantes produziram engenhocas eletrônicas usando várias técnicas de prototipação, eletrônica, programação e peças de Lego.

O estudante Saulo Costa Villela, 10 anos, fez um arduíno, uma plataforma de prototipagem eletrônica, com o objetivo de tocar uma música. “Na minha escola temos aulas esporádicas de robótica, mas como me interesso, eu pesquiso na internet”. O pai, o arquiteto Tiago Teixeira Villela, 38 anos, disse que incentiva o filho, inclusive, de Natal, o presenteou com um kit de robótica. “Ele gosta muito, uma pena que Magé (RJ), cidade que vivemos, não tem muitas escolas com esse espaço”.

Na oficina “Engenhocas e Poesia”, os participantes produziram engenhocas eletrônicas usando várias técnicas de prototipação eletrônica, programação e peças de Lego.

Na segunda oficina, o grupo foi convidado a desenvolver e manipular dispositivos a partir de programação, eletrônica e Lego para discutir aspectos éticos relacionados à tecnologias e seus desdobramentos sociais. O tema da atividade de domingo foi “Exploradores, Escafandristas da paisagem”, que trouxe aos participantes a possibilidade de observar a paisagem, usar algoritmos e visualizar dados por meio da construção de dispositivos analógicos e digitais para a interpretação da paisagem a partir da exploração e visualização de dados, com uso programação, eletrônica e Lego.

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SAIBA MAIS - Acompanhe todos os detalhes no site do Festival de Robótica.

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