O apetite pelo desafio move Bianca a ir mais longe

A jovem de Bauru vai representar o Brasil na ocupação Design Gráfico na maior competição de educação profissional do mundo, a WorldSkills

“A minha modalidade é muito criativa. Então, eu preciso absorver muitas experiências para ir para a competição”, explica a competidora

A dedicação e o apetite pelo desafio colocaram Bianca Klempe Corrêa na elite do ensino profissional brasileiro. Aos 20 anos, Bianca representará o Brasil na WolrdSkills 2019, a maior competição de ensino técnico do mundo, na ocupação Design Gráfico.

A trajetória de Bianca começou em 2015, quando começou um curso técnico em processos gráficos no SENAI João Martins Coube, em Bauru, São Paulo, onde mora com a família. Ela explicou que, como aluna do Serviço Social da Indústria (SESI), o caminho foi natural. A partir do segundo ano do ensino médio, ela foi encaminhada para um ensino articulado no Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI). “Eu procurei uma área que me interessava e que poderia agregar [valor] ao um currículo”, diz a estudante, que diz ter sido inspirada também pela careira do pai, que é gráfico.

Durante o curso, ela soube das seletivas do WorldSkills e se interessou. “Eu vi os alunos participando e observei o quanto eles cresceram. Eu gosto muito de desafios e enxerguei uma oportunidade de aprender coisas novas”, afirma.

Desde que decidiu participar da competição, ainda no fim de 2015, Bianca não tem descanso. Nos dois primeiros anos, ela estudou de segunda a sábado, das 8h às 22h. Agora, treina de domingo a domingo. “A minha modalidade é muito criativa. Então, eu preciso absorver muitas experiências para ir para a competição”, diz a estudante. A rotina vai até as vésperas do torneio, que será realizado em agosto, em Kazan, na Rússia, e terá 59 competidores brasileiros. A competição será também a primeira viagem de Bianca ao exterior.

“A expectativa é alta. Quando comecei a estudar, nem imaginava chegar tão longe. Agora, acredito que vou ter bons resultados”, afirma a jovem.

Nas horas vagas, Bianca gosta de ler, desenhar e de passar tempo com amigos e família. A competição, acredita, será fundamental para a sua carreira. “Eu cresci não apenas tecnicamente, mas amadureci pessoal e profissionalmente. Eu vejo o quanto a competição tem me ajudado a conhecer mais pessoas e a compartilhar o que conheço”, diz.

Questionada sobre qual será o futuro do trabalho, ela diz acreditar que a sua área profissional estará sempre em movimento. “Então, o profissional dessa área tem de estar aberto a aprender e a mudar”, diz.

Depois do mundial, Bianca também já tem planos bem definidos. “Quero ser professora do SENAI e poder ensinar tudo o que aprendi”, diz.

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