No jogo Minecraft, estudantes criam mundo pós-pandemia

Hospitais, ruas, suas próprias escolas e até o coronavírus foram algumas das criações que serão apresentadas na live desta terça-feira (14), no Facebook do SESI

O jogo Minecraft, que para muitas crianças é usado em momentos de lazer, para estudantes da rede de escolas do Serviço Social da Indústria (SESI) foi atividade escolar valendo nota. Por meio do Minecraft Education, ferramenta digital, os estudantes do SESI puderam acessar de suas casas, cumprindo as regras do isolamento social, para participar das atividades relacionadas ao período de pandemia. 

Em Tocantins, o professor de oficinas tecnológicas do SESI Gurupi, Wesley da Silva, conta que já utilizava o Minecraft em sala de aula para Matemática, especialmente no ensino de cálculos de figuras geométricas. Com a chegada da pandemia, o desafio lançado foi criar um mundo pós-pandemia. 

“Focamos no principal que era mais hospitais, sempre atentos aos protocolos da OMS (Organização Mundial da Saúde), os estudantes definiram a área vermelha, amarela e verde, tudo isso no Minecraft”, explica. “Eram grupos de quatro alunos que trabalharam a distância, em grupos de WhatsApp e com arquivos que todos poderiam acessar remotamente”, disse. 

De acordo com ele, a atividade foi importante também para estimular os estudantes neste momento de ensino a distância.

“Eles amaram! Quando eu falei que valia nota, então, eles falaram ‘nossa, melhor avaliação da vida’”, conta o professor.

A gerente de Educação Tecnológica do SESI, Katia Marangon, afirma que a rede de ensino vêm implementando tecnologias educacionais em sala de aula, por meio de parcerias como esta, firmada com a Microsoft. “Estamos desde 2018 implementando o Office 365, chegamos a 26 departamentos regionais, mais de 300 escolas, e mais de 3 mil professores capacitados”, explica. 

Com o período de ensino a distancia, a Microsoft cedeu a licença para que, além da licença de uso presencial, nas escolas, docentes e estudantes também pudessem ter acesso à plataforma de suas casas. 

Com isso, surgiram diversas atividades que incluíam o Minecraft. Em uma escola de Aparecida do Taboado, de Mato Grosso do Sul,por exemplo, o professor de História pediu para seus alunos reproduzirem no Minecraft o sistema feudal, com suas casas, feudos, plantações.

“Nós temos usado muito essas tecnologias nesse momento de ensino à distância, também, como forma de aumentar o interesse dos alunos e a interação deles com o professor”, conta Kátia. “Percebemos que melhora a aprendizagem, incentiva a critividade e a autonomia”, afirma.

O estudante João Roberto de Oliveira, de 12 anos, mora no Ceará e também participou de um desafio Covid-Minecraft, e precisou construir um mundo como era antes da pandemia e, depois, um mundo pós-pandemia.

Além de alterações no mundo pós-covid, como vários espaços fechados, hospitais de campanha, roupas de proteção, o estudante conta que também pesquisou sobre a estrutura do coronavírus para poder construir uma réplica dele no jogo. “Eu fiz uma maquete do Covid-19 com blocos de minérios azul, e coloquei as tochas vermelhas na ponta”, explica o estudante. “Quis mostrar a forma de coroa que o vírus tem, que é o que faz ele ser tão contagioso”, conclui. “É um jogo, não tem como não gostar, é muito divertido fazer, principalmente porque eu sempre gostei desse jogo”, conta ele. 

Projetos de estudantes serão apresentados durante live nesta terça-feira

Um evento online que será realizado nesta terça-feira (14), às 15h, no Facebook do SESI vai mostrar alguns desses projetos. Como é o caso da de estudantes do SESI de Rondônia que construíram uma réplica da escola deles no Minecraft. 

O projeto “Na escola, sem estar na escola” foi pensado e desenvolvido pelo professor de educação física e robótica, Silvio Vichroski, em parceria com alunos e ex-alunos. A estrutura física do colégio foi criada virtualmente em detalhes para que os alunos se sintam dentro dele.

Eles acessam a Escola SESI Vilhena Minecraft de suas casas podendo encontrar amigos e alunos de outras turmas, além de circular livremente por todos os ambientes e, ainda, interagir com objetos, ler recados deixados pelos professores nos quadros em suas salas, resolver desafios, encontrar locais secretos etc. Com isso pretende-se manter os alunos conectados e desenvolvendo atividades interativas mesmo fora do ambiente escolar.

A Indústria contra o coronavírus: vamos juntos superar essa crise

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