Torneio SESI de Robótica se despede da temporada Cidades Inteligentes

Temporada 2019/2020 foi marcada pelas soluções inovadoras dos estudantes, que despertaram o interesse de gestores públicos e de grandes empresas. Competição contou com a participação de mais de 500 equipes de escolas públicas e particulares de todo o país

Mulheres na Ciência: temporada 2019/2020 teve grande participação feminina

Foram mais de 500 equipes inscritas, muitos projetos incríveis com soluções reais e inovadoras dentro da temática ‘Cidades Inteligentes’, e muita história boa pra contar na temporada 2019-2020 do Torneio SESI de Robótica. Em live realizada nesta terça-feira (30), especialistas do Serviço Social da Indústria (SESI) falaram sobre os destaques da temporada, e representantes das equipes campeãs deram dicas para estudantes interessados em ingressar no mundo da robótica.

“Parabéns a todos os competidores pelo sucesso do Festival, pela alegria, pelos projetos e pelo espirito robótico”, disse o diretor de operações do SESI, Paulo Mól, em agradecimento às equipes. “Esperamos todos vocês com o mesmo entusiasmo na próxima temporada”, disse ele referindo-se à nova temporada, que será lançada em agosto para todos os países participantes pela FIRST (For Inspiration and Recognition of Science and Tecnology), organização mundial que realiza os torneios.

A gerente de Educação Tecnológica do Departamento Nacional do SESI, Kátia Marangon, agradeceu, também, o apoio logístico de todos os estados do Brasil que realizaram os torneios regionais, que foram selecionando as equipes para o nacional, realizado em março, em São Paulo (SP).

O destaque ficou por conta do estado do Pará, que participou pela 1ª vez de um regional e conseguiu mobilizar todo o estado, tendo trazido equipes de estudantes da Ilha do Marajó e de outras localidades afastadas para a competição. “O trabalho e o engajamento de vocês é o que nos move na Gerência de Educação Tecnológica do SESI “, disse ela, “por isso, é muito profundo o nosso agradecimento a tudo o que vocês fizeram nessa temporada”. 

Katia destacou ainda a expressiva participação das meninas nesta temporada: elas foram quase 50% dos estudantes inscritos. “Esperamos contar com ainda mais meninas nas próximas”, afirmou.

Dicas dos campeões 

Também participaram da live de encerramento da temporada representantes das equipes vencedoras nas três categorias do torneio: FLL (FIRST Lego League), FTC (FIRST Tech Challenge) e F1 nas escolas. 

Além do esforço no projeto de pesquisa e no conhecimento de programação de robôs, os representantes foram unanimes com relação a uma dica: companheirismo e empatia são fundamentais no mundo da robótica. Essa característica é estimulada pela FIRST em todas as suas competições, por meio da pontuação no quesito Core Valeu, que trata justamente deste espírito de equipe.

Representantes de equipes premiadas, durante a live, com o famoso Tio Mateus

“Robótica é isso: você pensa em você, e pensa no outro. A empatia que existe nos torneios é algo impressionante”, afirmou Antônio Caetano, da equipe Turma do Bob, de Minas Gerais, que levou o 1º lugar-geral, no festival nacional, realizado em março. “Com certeza o nosso esforço valeu muito, mas, nos ajudou demais buscar outras equipes mais experientes e conversar muito com elas para aprender”, afirmou. 

Os participantes relembraram as diversas histórias entre os competidores, não só nesta temporada, como em outras. O especialista do SESI nacional, Marco Sousa, lembrou que, durante o regional no Rio Grande do Sul, uma equipe estava na arena competindo, mas uma fresta no estádio permitia a entrada de uma luz solar que estava atrapalhando o funcionamento do robô.

“Foi aí que estudantes de outras equipes se juntaram e foram até a fresta para tapar a entrada do sol e ajudar a equipe”, conta ele, se referindo ao termo ‘Coopertition’, usado para descrever situações que misturam as palavras “competição” com “cooperação”, algo que vai além do chamado “fair play” do mundo do esporte. “É de arrepiar o sentimento de cooperação que existe entre eles”, concluiu. 

O estudante Magno Levi, da equipe Geartech Canaã, de Goiânia (GO), falou em nome da categoria FTC, que, ao invés de construir robôs em Lego, já utiliza equipamentos e ferramentas. Magno, que já foi da categoria FLL quando era mais novo, chamou os estudantes que já estão com idade mais avançada (e, portanto, não poderão mais integrar a modalidade FLL), a começarem a pesquisar sobre a FTC.

“A FTC tem um lado que te aproxima do mercado de trabalho, esperamos que essa categoria cresça muito ainda no Brasil”, disse ele. A equipe Geartech Canaã foi selecionada para representar o Brasil no World Festival em Houston, que seria realizado em abril, mas acabou não sendo realizado por conta da pandemia. 

O estudante Pedro Lage, da equipe Spark, de Santa Catarina, representou a categoria F1, ou, Fórmula 1 nas Escolas. Pedro falou sobre o quanto é bacana participar de competições de robótica, especialmente nesta modalidade em que os estudantes precisam atuar como se fizessem parte de uma empresa da Fórmula 1 de verdade. A equipe Spark foi selecionada no nacional para representar o Brasil no mundial de F1 em Cingapura, que também não poderá ser realizado por causa da pandemia. 

Quem também apareceu durante a live foi o apresentador Matheus Oliveira, o famoso Tio Matheus, muito conhecido por agitar dezenas de estudantes dançando coreografias, como a já tradicional 'Dança da Galinha'. Afinal, animação é o que não falta entre os robóticos. Como diz o 'grito de garra' da esquipe Bisc8: "alguém cansado? Ninguém cansado!", e que venha a próxima temporada 2020/2021. Alerta de spoiller: de cidades inteligentes para... movimento, saúde, atividade física... Aguardem! 

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