Meninas que participam do Torneio de Robótica sonham com carreira na engenharia

Jaqueline e Júlia querem cursar engenharia mecatrônica, Barbara, engenharia mecânica e Bianca, engenharia eletrônica

Jaqueline, ao centro, torce pela equipe durante a atuação dos robôs na arena

Jaqueline Estevos de Andrade, de 14 anos, era daquelas alunas que gostavam de ficar no "fundão" da sala, sem prestar muita atenção nas aulas. "Depois de um tempo percebi que eu não queria ser só mais uma, então comecei a me dedicar mais aos estudos". Com a nova postura, melhorou as notas, entrou para a equipe de robótica do colégio SESI 389, em Valinhos (SP), e acabou conquistando, junto com seu time, o terceiro lugar na etapa nacional do Torneio de Robótica First Lego League do ano passado. Com o resultado, garantiu uma vaga na torneio internacional de robótica da Austrália, para onde viajou em meados de 2013. 

"Foi uma experiência maravilhosa. Lá ficamos em 4ª lugar na categoria design de robô e ganhamos o prêmio de ideia inovadora com o projeto áudio-ponto, em que caixas de som colocadas em uma parada de ônibus avisam a chegada do ônibus e para onde ele vai”, explica. 

Entusiasmada e hoje apaixonada pelos estudos, Jaqueline, que cursa o primeiro ano do ensino médio, quer ser engenheira e, com a profissão, ajudar as pessoas. “Meu maior sonho é estudar Engenharia Mecatrônica na Universidade MIT (Massachusetts Institute of Technology), nos Estados Unidos. No futuro me imagino projetando diversos robôs, criando coisas novas para melhorar a qualidade de vida das pessoas”, relata.

Barbara Oliveira

JOVENS ENGENHEIRAS - Mais de 600 alunos de 14 estados participam da etapa nacional do Torneio de Robótica no SESI Taguatinga, Brasília, até domingo (23). No local, não é difícil encontrar outras jovens com desejos semelhantes, com intenção em seguir carreira como engenheiras. 

Para Barbara Oliveira, que está no 2º ano do ensino médio na escola SESI Piatã, em Salvador, a decisão será entre a engenharia mecânica e a civil. “Quero trabalhar com algo que misture as duas áreas. Pretendo fazer o curso técnico de mecânica de precisão no SENAI  para, depois, entrar na faculdade”, diz. 

Essa é a segunda vez que ela participa de uma competição de robótica. De acordo com Barbara, fazer parte da equipe do colégio é o pontapé inicial para quem quer seguir carreira em engenharia. “É uma oportunidade incrível”. 

Bianca (à esquerda) e Júlia, de Uberlândia, não se importam de serem chamadas de nerds

Para as mineiras de Uberlândia Bianca Cruz, de 15 anos, e Júlia Mendonça, de 14, a curiosidade e a vontade de fazer a diferença servem como estímulo para a carreira profissional com a qual já se imaginam no futuro. “Tenho prazer em saber como foi desenvolvido, o que tem por trás daquela coisa, e por isso quero fazer engenheira eletrônica”, conta ela, que integra a equipe Legosos & Furiosos do SESI Uberlândia. 

Júlia, que pretende cursar engenharia mecatrônica, quer desenvolver robôs, inspirada no trabalho do neurocientista Miguel Nicolelis, que também marcou presença no Torneio de Robótica.  “Quero criar coisas novas para ajudar as pessoas a evoluírem. Nada é impossível, a gente pode melhorar tudo”, ressalta a estudante do 9º ano do ensino médio, também integrante da Legosos & Furiosos. 

Questionadas se elas se importam de serem chamadas de nerds, elas respondem com muito bom humor. “Queremos ter um bom futuro, e estudar é a melhor maneira de garantir isso”. 

SAIBA MAIS - O Torneio de Robótica First Lego League segue até domingo (23). Acompanhe a cobertura completa da competição aqui no Portal da Indústria. Todas as fotos estão no Flickr da CNI. Acesse! 

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