Imagine a vida de um astronauta. Viajar pelo espaço, ver a galáxia de perto e admirar a beleza dos astros. Muito legal, não é mesmo? Mas você já parou para pensar nas dificuldades que os viajantes espaciais encontram durante as expedições? Uma delas é a solidão, a falta de conversar, de tocar em alguém ou em algo.
A equipe AnonymusRob irá disputar o Torneio SESI de Robótica FIRST® LEGO® League, na cidade do Rio de Janeiro, de 15 a 17 de março. Eles pensaram no isolamento enfrentado pelos astronautas enquanto eles estão em órbita e desenvolveram o projeto Autonomous Plant, para que aqueles que estejam no espaço sideral possam lembrar da Terra de alguma maneira, além de poderem cuidar e cultivar verduras e legumes frescos para consumo. O técnico da equipe, Joelson Fernandes, explica como funciona o projeto.
“É uma estufa desenvolvida pelos alunos, que é autônoma, ela possui um arduíno para controlar a humildade, a luminosidade, como está a questão da reflexão de luz. Então ela é toda automatizada, mas o astronauta precisa desse cuidado para que funcione”, afirma.
TARDÍGRADO - Após entrarem em contato com o astronauta Marcos Palhares, os integrantes da AnonymusRob decidiram colocar o animal mais resistente do planeta na estufa em que seriam cultivados os alimentos. Os tardígrados são microscópicos e capazes de sobreviver em diversos tipos de condições extremas, como no vácuo do espaço e em temperaturas de 80ºC negativos, por exemplo. É o que explica o técnico da AnonymusRob, Joelson Fernandes. “Como ele é extremamente resistente, ele vai fazer com que essa nossa estufa, esse nosso material, ele resista às situações mais extremas do espaço. Então é isso que vai manter com que a estufa esteja em pleno funcionamento até em situações extremas, como é a microgravidade, que é encontrada no espaço, muita pouca água, pouca luz, e tudo mais”, afirma.
A EQUIPE - A AnonymusRob é uma equipe de robótica de Tubarão, Santa Catarina. O grupo iniciou as atividades em 2016 e já em 2017 conquistaram duas premiações na etapa regional da First Lego League. Em 2018, se classificaram e irão disputar a etapa nacional da competição, que será disputada no Rio de Janeiro. Atualmente, a equipe possui dez integrantes, com idades que variam de 13 a 15 anos, que são estudantes do Colégio Coração Feliz. A estudante Maria Luiza Lisboa, é estudante do nono ano e integrante da equipe. Ela faz parte dos alunos que irá disputar a etapa nacional da competição de robótica e classifica a participação no torneio como a realização de um sonho.
O TORNEIO - Nesta temporada, o Serviço Social da Indústria (SESI) desafiou estudantes das escolas brasileiras com o tema “Em órbita”. A ideia era que cada equipe inscrita no torneio de robótica pudesse desenvolver alternativas que ajudassem no bem-estar de astronautas e em pesquisas espaciais.
De outubro a dezembro do ano passado, foram realizadas etapas regionais para selecionar as melhores propostas e trabalhos. O gerente de Novos Negócios e Parcerias do SESI de Santa Catarina, Fabiano Bachmann, destaca a importância de competições como essa para os alunos catarinenses. “Aqui para Santa Catarina, o que a gente percebe é que a educação tecnológica, especialmente a com equipamentos Lego, e tendo a oportunidade de participar de torneios, de competições educacionais, isso gera um engajamento muito acima da média dos nossos estudantes”, defende.
A TEORIA NA PRÁTICA – Profissionais da área de educação também poderão participar de oficinas do programa ACESSE (Arte Contemporânea e Educação em Sinergia no SESI). O programa se apropria da arte contemporânea para promover a inovação pedagógica e apoiar a implementação do STEAM nas escolas do SESI. Serão 4 oficinas durante o fim de semana do festival, com carga horária de 2h a 3h cada.
REDES SOCIAIS - Acompanhe a cobertura completa do Festival aqui na Agência CNI de Notícias e nos perfis do Torneio no Instagram e Facebook. Todas as fotos serão publicadas no Flickr da CNI.
SAIBA MAIS - Acesse a página do Torneio de Robótica FIRST LEGO League 2018/2019 e saiba mais.