Equipe de garagem presente na competição de robótica promovida pelo SESI conta como foram os treinos

A Spartanos Robots, de Porto Alegre, é formada por seis estudantes de 15 e 16 anos que decidiram formar um time de garagem, após participar das temporadas anteriores da competição

Treinos dos Spartanos Robots, de Porto Alegre, eram realizados na casa do Fabrício (ao centro, com o rosto todo pintado)

Dos 60 times que disputam a etapa nacional do Torneio de Robótica FIRST LEGO League, promovido pelo SESI, 59 estão em Brasília representando alguma escola pública ou privada do país. A exceção é a equipe Spartanos Robots, de Porto Alegre. Ela é formada por seis estudantes de 15 e 16 anos que, após participar das temporadas anteriores da competição, decidiram formar um time de garagem. 

“Nos conhecemos no torneio em 2010. Éramos de quatro equipes diferentes de Porto Alegre. Por não ter o apoio de nenhuma escola, precisamos vender rifa, fazer um galeto beneficente e correr atrás de patrocinadores para custear nossas passagens para o nacional”, explica Fabrício Behenck, 16 anos, estudante do 3º ano do ensino médio. 

Os treinos eram realizados na garagem da casa dele. “Nossa maior dificuldade era poder se encontrar, às vezes os horários não batiam”, conta Monique Caroline, 16 anos, aluna do 2º ano, também integrante da equipe. Usualmente as escolas custeiam os gastos para a compra dos robôs e peças da Lego. Com uma equipe independente, isso fica um pouco mais complicado. O orientador do time gaúcho cedeu o robô que possuía e as peças foram emprestadas por outras equipes ou adquiridas com a ajuda de patrocinadores. “Usamos até peças de um tapete (a arena da competição) para montar nosso robô. Todo o esforço valeu a pena”, ressalta Fabrício. 

Para participar da etapa regional da região Sul, os Spartanos Robots treinavam três vezes por semana, à tarde, na casa do Fabrício. Após a classificação para o nacional – ficaram em 2º lugar entre mais de 30 concorrentes - eles intensificaram a rotina. “Às vezes treinávamos à noite, de madrugada e até nos finais de semana. Meus amigos até dormiam lá em casa alguns dias”, diz Fabrício. 

Tanto Monique como Fabrício pretendem cursar engenharia mecânica na universidade, influenciados pela robótica. “Depois que o bichinho da robótica nos pica, é difícil de largar”, brinca Monique. 

A COMPETIÇÃO – O torneio é uma iniciativa do grupo Lego, da Dinamarca, e da organização americana FIRST (For Inspiration and Recognition of Science and Technology), realizado em mais de 80 países. No Brasil, o SESI é o organizador oficial do evento. Nessa temporada, o desafio dos estudantes foi pesquisar e apresentar propostas inovadoras para aperfeiçoar o aprendizado, dentro e fora das salas de aula. O objetivo é fazer com que essa experiência criativa desperte o interesse das crianças e adolescentes para as carreiras de engenharia e tecnologia. 

MULTIMÍDIA - Todas as fotos do evento estão no perfil da CNI no Flickr. Acompanhe a disputa também pelo FacebookInstagram, e pelo perfil do Torneio no Snapchat: @roboticafll. 

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