Uma pessoa é capaz de ter vários sentimentos ao longo de um único um dia. Você já parou para pensar como os astronautas lidam com as emoções durante viagens espaciais que podem durar anos?
A Techmaker é uma equipe de robótica de Blumenau (SC). Após estudar o assunto, os integrantes da equipe analisaram qual a influência da emoção daqueles que embarcam em viagens espaciais influenciam o voo e o que acontece com os sentimentos após desembarcarem na Terra.
O resultado da pesquisa se materializou em um aplicativo. A inovação funciona como um diário de bordo, em que os viajantes registram suas emoções e recebem conselhos de como agir em busca de melhorias. A equipe apresenta o app na etapa nacional do Torneio SESI de Robótica FIRST LEGO League, neste fim de semana, no Rio de Janeiro. Nesta edição, a competição tem como temática a busca por soluções para problemas enfrentados pelos astronautas durante missões espaciais.
O técnico da equipe, Thiago Linhares, explica como funciona o projeto. “Um ano antes de iniciar o projeto de viagem, o astronauta tem um treinamento com profissionais especializados nas áreas psicológicas. Então ele começa esse treinamento preparatório para que ele possa estar emocionalmente estável e a partir disso, ele tem um diário de bordo onde vai registrando o que está acontecendo com as suas emoções”, explica.
A ideia do projeto é intensificar o processo de treinamento emocional dos astronautas e a utilização de terapias alternativas, como meditação e aromaterapia, para solucionar problemas psicológicos enfrentados por eles durante as missões.
“O diário de bordo praticamente é o que o aplicativo faz. Eu estou registrando no aplicativo as informações. A partir disso eu recebo um protocolo: ‘olha, você está passando por alguns dias de tensão e a sua emoção é medo. Para isso nós indicamos uma meditação da seguinte forma, com a utilização de musicoterapia’”, explica Thiago.
O aplicativo está sendo testado por trabalhadores de uma empresa mineradora, que passam por situações similares às enfrentadas pelos astronautas no espaço, como isolamento por um grande período e situação de risco eminente.
A EQUIPE - A Techmaker participa do Torneio SESI de Robótica FIRST LEGO League desde 2016. Cinco jovens, com idades que variam de 14 a 16 anos, integram o time. Todos eles são alunos da unidade do Serviço Social da Indústria (SESI) de Blumenau e foram selecionados pelo desempenho nos cursos do Espaço de Educação Maker da unidade, que trabalha com atividades voltadas para diversas áreas tecnológicas, incluindo a robótica.
Pólux Baptista tem 16 anos e é integrante da equipe. Ele destaca os benefícios que o ensino da robótica traz para ele. “A robótica é sensacional porque ela ensina tudo que você vai precisar mais para a frente, de uma forma muito mais lúdica e muito mais anterior. Antes mesmo de você precisar, para no futuro você já saber como usar. Pesquisa científica, você vai aprender todas as lógicas, as coisas, e principalmente o trabalho em equipe, a interação e aprender a confiar nos seus amigos”, afirma.
O TORNEIO - Nesta temporada, o Serviço Social da Indústria (SESI) desafiou estudantes das escolas brasileiras com o tema “Into Orbit” - Em órbita. A ideia era que cada equipe inscrita no torneio de robótica pudesse desenvolver alternativas que ajudassem no bem-estar de astronautas e em pesquisas espaciais.
De outubro a dezembro do ano passado, foram realizadas etapas regionais para selecionar as melhores propostas e trabalhos. Os alunos escolhidos participam da etapa nacional neste fim de semana (15 a 17), no Rio de Janeiro. Os melhores colocados podem garantir uma vaga no torneio mundial em Houston, nos Estados Unidos. Saiba mais na página do Torneio.
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