Alunos da EJA terão também qualificação profissional no AM

A partir de 2020, 15% das vagas da Educação de Jovens e Adultos serão nesta nova modalidade. Agora em novembro, as turmas-piloto concluem o curso EJA Profissionalizante SESI SENAI no Amazonas

Alunos da EJA Profissionalizante na aula prática de instalador hidráulico no SENAI

A Educação de Jovens e Adultos (EJA), que até este ano tem sido oferecida regularmente pelo Serviço Social da Indústria (SESI), a partir de 2020 terá o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) como parceiro no Amazonas. Neste mês de novembro, as duas instituições concluem as turmas-piloto da nova modalidade EJA Profissionalizante SESI SENAI. A combinação do ensino regular com a qualificação profissional abre para o aluno novas perspectivas no mercado de trabalho.

De acordo com a gerente de EJA do Serviço Social da Indústria (SESI/AM), Patrícia Bezerra, pelo menos 60 alunos do programa vão concluir agora a formação teórica e prática nas turmas de instalador hidráulico residencial, padeiro e operador de microcomputador, oferecidas pelo SENAI, com uma média de 200h por curso. A proposta pedagógica, segundo Patrícia, além de conciliar o ensino médio com a qualificação profissional, é oferecer aulas presenciais e a distância nas duas modalidades.

 

Alunos da turma de panificação

MAIS VAGAS - O número de vagas na EJA Profissionalizante SESI SENAI, em 2020, corresponde a 15% do total oferecido regularmente pelo SESI. Das 3959 vagas abertas a partir de janeiro,  560 estarão voltadas para a EJA Profissionalizante, que oferecerá os cursos de eletricista industrial, dry wall, pizzaiolo, panificação, sistema de direção, suspensão e freios e design de moda, todos por meio do SENAI. 

Voltada de preferência para o trabalhador da indústria e seus dependentes, a EJA Profissionalizante atende também a comunidade desde que o interessado tenha a partir de 18 anos de idade e comprovante de conclusão do Ensino Fundamental.

Na EJA Profissionalizante SESI SENAI o aluno, além dos certificados das duas instituições reconhecidos pelo Ministério da Educação (MEC), pode contar com a redução da carga horária de estudos, no ensino médio, por meio do reconhecimento de saberes, formais e informais. O curso é semipresencial, com 80% das aulas realizadas a distância. A duração, no ensino médio, é de aproximadamente 18 meses ou cerca de 1.200 horas. Na qualificação profissional, a duração é de quatro meses ou até 200 horas.

Francivânia Silva (ao centro) durante o curso de operador de microcomputador

EM BUSCA DE QUALIFICAÇÃO - Depois de fazer duas qualificações no SENAI, a aluna Francivânia Monteiro da Silva, 42, aderiu ao projeto-piloto da EJA Profissionalizante e agora está concluindo o curso de operador de microcomputador. Mãe de duas filhas, uma de 15 e outra de 17, ela tira o sustento da família da confecção de laços personalizados, um acessório da moda entre as adolescentes. O aprendizado do curso do SENAI mais o reforço da matemática do SESI já está dando resultados práticos para a microempreendedora, que já consegue montar planilhas para controlar entradas e saídas de produtos.

“Através da EJA do SESI, eu fiz os cursos de empreendedorismo e de tecnologia da informação, todos no SENAI, que foram muito satisfatórios e estão sendo muito úteis para mim”, diz Francivânia. “E agora eu pretendo fazer o curso de agente de portaria”, disse Francivânia.

SAIBA MAIS - Para outras informações sobre a EJA Profissionalizante SESI SENAI pelo telefone (92) 3238-5226 ou pelo e-mail educação.eja@sesiam.org.br

Relacionadas

Leia mais

SESI amplia prazo de inscrições para o maior torneio de robótica do Brasil
Curso técnico ajuda a escolher melhor a profissão, diz medalhista da WorldSkills
BID confirma: educação técnica aumenta chances de conseguir emprego

Comentários