Ritmo de recuperação da atividade industrial ainda é lento

Pesquisa da CNI mostra que no acumulado de janeiro a outubro, os indicadores de faturamento, horas trabalhadas na produção, emprego e massa salarial registram queda em relação ao mesmo período de 2016

O faturamento da indústria cresceu 1,7%, o emprego ficou estável, as horas trabalhadas na produção recuaram 0,7% em outubro frente a setembro, na série com ajuste sazonal. As informações são da pesquisa Indicadores Industriais, divulgada nesta segunda-feira (4), pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

A massa real de salários aumentou 0,3% e o rendimento médio do trabalhador subiu 0,9% em outubro na comparação com setembro. A utilização da capacidade instalada aumentou para 77,7%, mas está 3,7 pontos percentuais abaixo da média de outubro de anos anteriores.  "O balanço desses resultados sugere manutenção do baixo patamar das variáveis pesquisadas e reforça o quadro de fraca atividade industrial", avalia a CNI. 

Mesmo assim, no acumulado do ano, os indicadores continuam negativos. O faturamento acumulado de janeiro a outubro é 1,3% menor que o registrado em igual período do ano passado. No mesmo período e na mesma base de comparação, o emprego diminuiu 3,2% e, as horas trabalhadas na produção, 2,6%.

A massa real de salários é 2,2% inferior a de janeiro a outubro de 2016. Nos acumulado de dez meses deste ano, só o rendimento médio real do trabalhador está 1% acima do registrado de janeiro a outubro de 2016.

De acordo com o economista da CNI Marcelo Azevedo, a tendência é que essas quedas diminuam nos próximos meses. "A expectativa é que a recuperação da atividade se acelere daqui para frente", afirma.

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