Queda da atividade industrial registra novo recorde negativo entre março e abril

Mais da metade da capacidade instalada das empresas ficou ociosa. Redução do nível de produção e número de empregados são os mais intensos e disseminados da série histórica

A Sondagem Industrial divulgada nesta quarta-feira (20), pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), mostra um recuo sem precedentes na atividade industrial brasileira tanto em intensidade quanto em alcance, entre março e abril deste ano, devido aos efeitos da crise provocada pelo coronavírus.  O índice de evolução da produção registrou 26 pontos em uma escala de 0 a 100. Nessa metodologia, os valores abaixo de 50 pontos mostram queda.

A nova contração da atividade industrial provocou o recuo de 9 pontos percentuais da utilização da capacidade instalada entre março e abril, para 49%. Esse dado mostra que mais da metade da capacidade instalada da indústria ficou ociosa em abril.  E a forte queda no número de empregados levou o índice para 38,2 pontos em abril, bem distante da linha divisória de 50 pontos. Esse é o menor de toda a série mensal iniciada em 2011. 

“A maior disseminação da crise entre as empresas no mês de abril era esperada, pois, no início do mês de março, grande parte da indústria ainda não tinha sentido a queda na demanda. Em abril, as empresas passaram todo o mês sob os efeitos das medidas de distanciamento social”, diz o gerente executivo de Pesquisa e Competitividade, Renato da Fonseca.

Apesar disso, os índices que medem as expectativas tiveram uma ligeira melhora. No entanto, mostram significativo pessimismo do empresário para os próximos seis meses, com queda de demanda, exportações, compras de matérias-primas e número de empregados. A intenção de investir segue baixa.

Veja os detalhes da Sondagem Industrial

Acesse a íntegra da Sondagem na página de Estatísticas da CNI

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