Produção industrial mantém tendência de queda, informa CNI

Pesquisa demonstra que estoques da indústria aumentaram novamente e perspectivas para os próximos seis meses pioraram

O indicador de produção da indústria brasileira ficou em 47,3 pontos em abril. É o sexto mês consecutivo que o índice fica abaixo dos 50 pontos. As informações são da Sondagem Industrial, divulgada nesta quarta-feira (21), pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). "Além disso, o índice é menor que o registrado em março, o que significa que a queda foi mais disseminada pela indústria", diz a pesquisa. O indicador varia de zero a cem. Abaixo de 50 revela queda na produção. 

A utilização da capacidade instalada ficou em 71%, dois pontos percentuais abaixo do registrado no mesmo mês de 2013. A utilização da capacidade instalada em relação ao usual caiu para 42 pontos, abaixo do que é tradicional no mês. 

De acordo com a pesquisa, os estoques da indústria voltaram a aumentar. O indicador de evolução de estoques ficou em 51,4 pontos em abril. O maior aumento foi registrado entre as grandes empresas, em que o índice registrou 53,3 pontos naquele mês. O nível de estoques efetivo em relação ao planejado para a indústria subiu para 50,4 pontos. Nas grandes indústrias aumentou para  52,9 pontos, mostrando que há excesso de estoques nesse grupo de empresas. O indicador acima dos 50 pontos mostra que os estoques ficaram acima do planejado pelos empresários. 

O gerente executivo de Políticas Econômicas da CNI Flávio Castelo Branco falou ao Portal da Indústria sobre as medidas que precisam ser adotadas para reverter a tendência de queda na produção industrial. Ouça aqui.

FUTURO - As expectativas dos empresários em maio para os próximos seis meses também pioraram. Os indicadores de expectativa de exportações e de número de empregados ficou abaixo dos 50 pontos, o que confirma a perspectiva de queda nas vendas externas e nas contratações. 

Embora ainda estejam acima dos 50 pontos, as estimativas para a demanda e compras de matérias-primas também recuaram. As previsões de demanda caíram 2,7 pontos percentuais em relação a março e a de compra de matérias-primas diminuiu 3,5 pontos percentuais. 

Esta edição da Sondagem Industrial foi feita entre 5 e 14 de maio com 2.045 empresas. Dessas, 800 são pequenas, 751 são médias e 494 são grandes.

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