Convênio entre o SESI e o Ministério da Pesca foi firmado em Brasília

O Serviço Social da Indústria (SESI) e o Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA) se uniram para estimular o consumo de pescado entre crianças e adolescentes. O convênio, firmado nesta quarta-feira (14), em Brasília, prevê a capacitação de merendeiras e gestores de escolas públicas dentro do projeto "Qualificação da oferta e consumo de pescado na alimentação escolar".

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Além de estimular o consumo de pescado, a iniciativa levará para o cardápio das escolas uma proposta de alimentação mais saudável e nutritiva, por meio da metodologia do programa Cozinha Brasil, do SESI, que já realizou mais de um milhão de atendimentos em todo país, para disseminação de uma alimentação adequada por meio do aproveitamento integral de alimentos. 

Atualmente, o programa conta com a participação de 216 profissionais de nível superior e o apoio de 30 unidades móveis que percorrem os municípios brasileiros levando cursos de reeducação alimentar, inclusive capacitando merendeiras de escolas públicas em todos os estados brasileiros. 

Em 2015, merendeiras de escolas das regiões metropolitanas de Salvador (BA), Manaus (AM), Florianópolis (SC), Belém (PA), Fortaleza (CE), São Paulo (SP) e Brasília (DF) serão capacitadas e conhecerão novas formas de utilizar o pescado nos pratos servidos na merenda escolar. 

De acordo com o ministro da Pesca, Eduardo Lopes, ter crianças e jovens como alvos deste projeto é fundamental para que o futuro do setor pesqueiro se consolide. “Com a ajuda deste trabalho vamos quebrar a barreira do sabor ao adaptar as crianças ao pescado e mostrar a elas o quanto vale a pena consumir e defender o consumo de peixes”, disse. 

CONSUMO ABAIXO DO RECOMENDADO - De acordo com a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), o consumo anual de peixe do brasileiro é de 9 quilos de pescado por habitante ao ano. A organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda o consumo per capita de 12 kg de pescado/ano. 

Para o presidente do Conselho Nacional do SESI, Jair Meneguelli, a implantação do pescado como hábito alimentar é mais um desafio a se cumprir. “Estamos no caminho certo ao utilizar esta tecnologia para incentivar desde cedo hábitos alimentares mais saudáveis entre nossas crianças e jovens”, diz. 

O superintendente do Departamento Nacional do SESI, Rafael Lucchesi, ressalta a positividade do diálogo entre serviços sociais autônomos, como o próprio SESI, com a agenda pública. “As lógicas são diferentes, mas nós podemos construir uma agenda em comum. Ao desenho desta ação combinamos, por exemplo, questões importantes como a melhoria dos hábitos alimentares da população ao uso do poder de compra do Estado”, finaliza Lucchesi.