Indústria da construção desacelera e perde empregados, aponta CNI

Pesquisa mostra queda nos indicadores em janeiro de 2021 em relação a dezembro do ano passado. O movimento é considerado normal para o período. Mas confiança do empresário aumentou

Trabalhador da Construção Civil em obra no Centro de Brasília
Na comparação com dezembro de 2020, a queda na evolução do número de empregados foi de 0,8 ponto e na comparação com janeiro de 2020, a queda é de 1,2 ponto

A Sondagem Indústria da Construção, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), aponta para a desaceleração da atividade do setor após a retomada que caracterizou o segundo semestre de 2020. Todos os indicadores tiveram queda, entre eles o nível de atividade, o número de empregados, a utilização da capacidade instalada e o nível de atividade no mês em relação ao seu histórico no período.

“Apesar da queda, os dados não mostram um cenário de reversão da recuperação ocorrida no fim do ano passado, esse desempenho é usual para o mês. Percebemos uma desaceleração, mas não prevemos o agravamento, pois as expectativas futuras dos empresários da construção ainda são positivas. Dado o cenário de incerteza, é importante acompanhar os próximos meses”, diz gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo.

O índice de evolução do nível de atividade ficou em 45,9 pontos em janeiro de 2021. Os dados variam de 0 a 100, sendo 50 pontos a linha divisória entre aquecimento e redução da atividade do setor. Neste caso, houve redução, com queda de 0,4 ponto na comparação de dezembro. Na comparação anual, é o primeiro resultado negativo desde julho.

O dado que mede a evolução do número de empregados foi de 40,6 pontos em janeiro de 2021. Na comparação com dezembro de 2020, ele registra queda de 0,8 ponto e na comparação com janeiro de 2020, a queda é de 1,2 ponto. 

A Utilização da Capacidade Operacional (UCO) recuou um ponto percentual, de 62% em dezembro de 2020 para 61% em janeiro de 2021. O percentual de janeiro de 2021 é pouco maior do melhor valor registrado em dos anos recentes, mas segue distante do registrado em 2014 e anos anteriores, quando chegou a alcançar 70%.

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