Empresas brasileiras precisam de regras estáveis e previsíveis para investir na Argentina, diz Welber Barral

Sócio da consultoria Barral M Jorge e ex-secretário de Comércio Exterior, ele explica que medidas protecionistas e barreiras contra produtos brasileiros afastaram os investidores durante os governos Kirchner

O presidente da Argentina Maurício Macri entende bem a importância do Brasil para o crescimento da economia de seu país e, por isso, sua primeira visita oficial ao governo de Michel Temer será positiva. Essa é a avaliação do consultor de comércio internacional e ex-secretário de Comércio Exterior Welber Barral.

Em entrevista exclusiva à Agência CNI de Notícias, o empresário brasileiro precisa sentir que é vantajoso investir na Argentina. “E será vantajoso se ele puder se integrar às cadeias produtivas que já existem no Brasil”, explica Barral. Para o consultor, a grande questão para ampliar os investimentos no parceiro do Mercosul é a estabilidade e a segurança jurídica.

“O que afastou muitos os investidores da Argentina, principalmente durante os governos Kirchner, foram as medidas de intervenção extrema, foram as medidas populistas que geraram instabilidade no mercado de um lado. E, de outro lado, o número muito grande de medidas protecionistas”, explica.

Barral explica que algumas destas medidas continuam. O governo argentino, diz, mantém alguns tipos de licenças não-automáticas, aumentou as medidas antidumping contra produtos brasileiros e ainda há algumas barreiras que não foram eliminadas no setor de açúcar. “Sem isso é muito difícil pensar em um investimento recorrente de integração de cadeias”, avalia.

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