Brasília – O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, disse nesta sexta-feira, 13.04, acreditar que, a exemplo do Banco do Brasil e da Caixa Econômica, os bancos privados também reduzirão seus spreads (diferença entre a taxa de captação do banco e o juro final) e, em consequência, as taxas de juros.
“Se o Banco do Brasil e a Caixa Econômica, que estão entre as maiores instituições bancárias do país, conseguiram diminuir seus spreads, os bancos privados também têm condições de revisar seus cálculos e fazer o mesmo”, declarou Andrade.
Lembrou que a aprovação pelo Congresso Nacional, ano passado, do Cadastro Positivo, listagem dos credores pontuais, não levou à redução dos spreads, seu principal objetivo. “O spread bancário pode ser reduzido como um todo e não apenas pelos bancos oficiais. Isso vai ser bom para os trabalhadores, para os empresários, para a sociedade”, concluiu o presidente da CNI.
Por determinação do governo, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica reduziram significativamente as taxas de juros de suas várias linhas de crédito. Os bancos privados, em reunião da direção da Febraban (Federação Brasileira de Bancos) com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na terça-feira passada, 10.04, fizeram, contudo, várias reivindicações para diminuir os juros. Entre as propostas, a Febraban sugeriu reduzir o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) e a CSLL (Contribuição Social sobre Lucro Líquido) cobrada dos bancos.