Brasília – O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, disse que a ampliação do Plano Brasil Maior, com novas iniciativas de apoio à indústria, é “um passo importante” para melhorar o ambiente de negócios e ajudar o processo de reindustrialização (aumento da participação da indústria na produção e no emprego). “Temos de trabalhar pela reindustrialização plena”, declarou ele nesta terça-feira, 03.04, em discurso no Palácio do Planalto, durante o anúncio das medidas.
“O problema da indústria não é conjuntural. Reflete uma situação estrutural, de problemas de competitividade sistêmica, que precisa ser mudada com uma estratégia clara e com objetivos bem definidos. As medidas anunciadas representam um passo no enfrentamento dessas questões”, assinalou Andrade.
Em entrevista após a solenidade no Palácio do Planalto, o presidente da CNI afirmou que a indústria tem condições de reverter a situação desfavorável registrada neste início de ano e encerrar 2012 com um crescimento em torno de 3%. “Ressalto três pontos nas medidas: a desoneração da folha de pessoal, importantíssima; a redução do custo do financiamento, principalmente de capital de giro, e o reforço da defesa comercial, para que a indústria tenha não proteção, mas isonomia competitiva”, sublinhou.
Dobrar - Andrade assinou, na solenidade, o contrato de financiamento de R$ 1,5 bilhão do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ao Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI). Com o crédito do BNDES e mais R$ 400 milhões de recursos próprios, o SENAI irá construir 53 centros de formação profissional, comprar 79 unidades móveis e reformar suas unidades. Instalará também 23 institutos de inovação e 38 institutos de tecnologia, que darão apoio à indústria.
A ampliação e a modernização das instalações aumentarão a capacidade do SENAI de oferecer cursos para formação profissional e soluções tecnológicas para as indústrias. O objetivo do SENAI, um dos principais parceiros do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), do governo federal, é dobrar em dois anos o número de matrículas de educação profissional. Em 2011, a instituição registrou 2,4 milhões de matrículas. A meta é alcançar 4 milhões de matrículas em 2014.