Assim como para se construir uma casa, é importante uma base forte, para ter uma carreira sólida também. E isso pode ser feito de várias maneiras. Para Paulo Roberto de Moraes Muniz, 60 anos, cursos superiores e técnicos foram alguns dos “tijolos” para ingressar e seguir no ramo da Construção Civil.
Para ele, planejar, pesquisar, medir e construir eram hobbies. Uma paixão. E foram essas atividades que serviram para guiá-lo até onde está hoje. Formado em Engenharia Civil, Paulo faz parte da diretoria da construtora Conbral, conhecida por edificações importantes na capital do país e entorno.
“Independente do tamanho, na Engenharia, cada projeto que é edificado parece um filho que você colocou no mundo”, explica Paulo Muniz.
Nascido em Belo Horizonte (MG), ele se mudou para o Distrito Federal com dois anos. Já o gosto pela Construção Civil está na família há gerações, pois são donos da empresa Conbral tem cerca de 50 anos.
O interesse começou a aparecer na década de 70, enquanto estava no ensino médio e foi na área de projetos da construtora que o talento do mineiro chamou atenção. Pouco tempo depois, o pai descobriu os cursos do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) e sugeriu que ele se especializasse já que desejava seguir no ramo.
“Fiz dois cursos: Instalações Hidráulicas e Instalações Elétricas, em 1976. Eu era o mais menino da turma e foi muito importante para minha vida porque intensificou a vontade de fazer Engenharia. Me deu mais segurança”, conta o engenheiro, que acatou as sugestões e conciliava a escola, com o estágio e os cursos técnicos.
Dali em diante, Paulo não abandonou mais o setor e reconhece a importância dos cursos no currículo. Os conhecimentos sobre sistemas de água e energia em edificações do SENAI serviram para que ele tivesse base desde quando ia apresentar projetos e até quando ia selecionar profissionais para a empresa.
Ele também sabe que o mercado da Construção Civil requer atualização, por isso, assim como o pai, incentiva amigos, colegas e funcionários a fazerem cursos técnicos. “A formação que o SENAI oferece vale para muitas pessoas. Desde pedreiros, mecânicos até técnicos de edificação entre outros. Há alguns anos, aconteceu um "boom" no setor de construção e a mão de obra qualificada pelo SENAI fez muita falta. Tudo indica que os próximos anos serão bons e precisaremos muito dessa educação profissional. É muito importante para o país”, conta Paulo.
FUTURO – Presidente do Conselho de Desenvolvimento Econômico, Sustentável e Estratégico do Distrito Federal (Codese-DF) desde 2017, Paulo foi reeleito, em julho, e seguirá com os projetos até 2021. Ele se inspirou no Estado de Goiás para criar o conselho do Distrito Federal e afirma que, apesar de ser novo, já tem grandes parcerias.
“Conseguimos, em pouco espaço de tempo, ter a adesão de muitas entidades, o que tornou muito representativa nossa participação nos planejamentos de futuro do DF. Unidos mostramos que somos muito mais fortes”, explica o presidente.
O objetivo do grupo, composto por mais de 90 instituições, é participar ativamente do planejamento econômico sustentável de Brasília e entorno. O documento O DF que a Gente Quer é um dos projetos elaborados nos primeiros anos do Conselho. Nele são apresentadas metas e ações que envolvem o cumprimento das políticas públicas e, por consequência, o atendimento aos cidadão nos seus direitos básicos de saúde, educação, mobilidade, emprego e segurança, para o período de 2018 a 2030.
Para os próximos dois anos de governo, Paulo tem como objetivo aprimorar os trabalhos e estender o projeto até 2060. “Só com planejamento a longo prazo podemos ter uma cidade melhor”, afirma.