Receita de sucesso

Casal do Piauí fez curso no SENAI juntos. Com a formação profissional, eles decidiram empreender e hoje são empresários bem-sucedidos. Conheça a história de Avelina e José Oliveira, o Zé Gavião

Assim como preparar uma refeição, para ter um relacionamento duradouro são necessários alguns ingredientes. Não existe uma regra a ser seguida, mas amor, respeito e cumplicidade são itens importantes em uma relação.

Casada há 15 anos, Avelina de Jesus, 47 anos, destaca o companheirismo como um dos pilares do casamento, afinal de contas, ela decidiu fazer um curso técnico no Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) para acompanhar o marido. Atualmente, os dois tocam uma padaria e um restaurante juntos, em Piripiri (PI).  

A parceria nos negócios começou assim que decidiram se casar. Enquanto a piauiense trabalhava em um salão de beleza, o marido José Oliveira Alves, 51 anos, sonhava em ter a própria padaria, mas não foi fácil entrar no ramo. “O nosso casamento foi contra o gosto das nossas famílias, então começamos a construir nossa vida sem ajuda de ninguém”, explica Avelina.

Foi entre um trabalho aqui e outro ali, que Zé Gavião – como é conhecido na cidade natal – decidiu abrir uma quitanda. Ele e a esposa fabricavam os bolos e salgados em casa e não esperavam uma aceitação tão grande.

O casal começou a produção de bolos e salgados no quintal de casa

Não demorou muito para o casal decidir aumentar os negócios, mas para isso, não buscaram apenas produtos novos. Eles se matricularam no SENAI, em 2009, para adquirir mais conhecimento. Em Piripiri, Avelina optou pelo curso de Confeiteiro enquanto Zé Gavião fazia o de Padeiro. As aulas eram em unidades móveis. Lá descobriram a “mina de ouro” que possuíam - o talento e as possibilidades de se estabelecer financeiramente com a culinária - e decidiram abrir o primeiro estabelecimento. Deu certo!

Hoje, donos da Panificadora O Gavião e do Restaurante O Gavião, os empreendedores já estão no mercado alimentício há 10 anos.

“Agora mexemos com quase 100kg de massa e não trabalhamos mais só com pão. Oferecemos outros produtos. Temos uma confeitaria, uma lanchonete e um mercadinho no mesmo estabelecimento. Já o restaurante fica no centro”, explica a piauiense sobre o crescimento dos negócios da família.

Atualmente, os filhos pretendem fazer cursos no SENAI para se especializar e ajudar ainda mais na administração dos estabelecimentos

ADIANTE – Quem diria que o que surgiu nos pensamentos de José Oliveira se tornaria o sonho de Avelina e, mais tarde, dos filhos, né? Mas aconteceu. O casal tem dois filhos que cuidam dos estabelecimentos junto com os outros 18 funcionários.

E não é apenas o trabalho que passou de geração em geração. A busca por conhecimento também. O filho Pedro Henrique, por exemplo, já cursou Computação no SENAI e a filha Ana Vitória está pensando em fazer algo relacionado ao trabalho dos pais.

“Todo mundo está no ramo. Pedro me ajuda na panificadora e Ana toca o restaurante. Ela também quer fazer algo na área de Culinária, mas, por enquanto, não ofereceram o curso em Piripiri. Estão construindo uma unidade fixa do SENAI aqui e quando tiver, vamos fazer. Eu, ela e o meu filho”, conta Avelina.

A capacitação não parou na família. Os empreendedores também incentivaram os funcionários à fazerem cursos no SENAI. “A gente incentiva porque eles também tocam os estabelecimentos com a gente, né? Tivemos dois funcionários que até abriram os próprios negócios depois e sobrevivem da confeitaria e de salgados”, explica a empreendedora.

A família também incentivou os colegas de trabalho à fazerem cursos no SENAI

Ela ainda completa que aprendeu mais do que fazer apenas pães. “No SENAI não aprendemos só como abrir uma massa. Aprendemos desde o tamanho da fatia de um bolo até a montagem de uma vitrine, pois o cliente tem que comer primeiro com os olhos, depois com a boca”, destaca.

FUTURO – Agora, após reformarem a padaria, a família tem planos de abrir duas novas filiais, mas sem abandonar os costumes.

Pretendem manter a tradição de receber, pessoalmente, a população de Piripiri nos estabelecimentos e ai deles se pararem. “O cliente exige que o dono esteja na loja. Eles gostam de apertar a mão da gente e bater um papo quando chegam para tomar um café”, conta Avelina.

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