O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, defendeu nesta quinta-feira, 6 de setembro, esforços conjuntos de empresários e trabalhadores para melhorar a competitividade da indústria brasileira, que teve um recuo de 2,1% na produção dos últimos 12 meses e tem perdido participação na economia. A afirmação foi feita no Encontro Nacional da Confederação Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), em São Paulo, que contou também com a presença do ministro do Trabalho, Brizola Neto.
“Temos de ter coragem de trabalhar juntos, empresários e trabalhadores, em prol das empresas instaladas no Brasil. Só com uma indústria forte teremos empregos de qualidade, com bons salários e um mercado consumidor de peso”, salientou o presidente da CNI durante o encontro, realizado “em defesa do salário, do emprego e da indústria nacional”.
Andrade listou alguns dos entraves à maior competitividade da indústria nacional: câmbio ainda desfavorável, taxas de juros acima das dos principais países concorrentes do Brasil, apesar das reduções promovidas pelo Banco Central, que elogiou; o aumento das importações, a carga tributária elevada sem os correspondentes serviços e os pesados custos trabalhistas.
“Acredito que empresários e trabalhadores podem trabalhar juntos para tentar diminuir esses entraves, porque se as empresas crescem, o empresário tem de contratar mais funcionários e pagar melhor. Todos ganham”, ressaltou.
Na opinião do presidente da CNI, o primeiro passo a ser dado em conjunto por industriais e trabalhadores é o dos custos do trabalho. “Sem prejuízo do valor dos salários e também das garantias ao trabalhador, podemos estudar e defender juntos formas de reduzir os custos trabalhistas, que oneram as empresas em mais de 100% os valores pagos em salários”, disse.
Andrade cumprimentou o presidente da CGTB, Ubiraci Dantas de Oliveira, o Bira, por conseguir reunir representantes dos trabalhadores e do empresariado para uma conversa franca em defesa do fortalecimento da indústria.