Da biografia ao romance policial: 8 livros para enriquecer o aprendizado em sala de aula

Rede SESI lança biblioteca digital com 84 livros relacionados às habilidades do currículo escolar. Alunos têm acesso gratuito a 12 obras por ano

Biblioteca digital do SESI conta com 84 livros no acervo

Estudantes do Serviço Social da Indústria (SESI) têm à disposição uma biblioteca digital gratuita com um acervo de 84 livros. Cada série, do 6º ano do ensino fundamental ao 3º do médio, conta com 12 opções para pegar emprestado e se aventurar. A leitura e os debates em sala de aula ajudam na formação de alunos críticos e capazes de mergulhar em diversos universos.

Ler amplia as percepções de mundo e também ajuda no desenvolvimento de 24 habilidades do currículo do SESI, como reconhecer a diversidade cultural entre as pessoas, analisar as relações da vida cotidiana e realizar pesquisa usando fontes confiáveis. 

O acesso à biblioteca digital é on-line, via Portal SESI Educação. Além disso, os professores acessam todos os livros. Como a seleção foi feita visando o desenvolvimento de competências, será lançado também um manual para ajudar o professor a correlacionar o conteúdo do material didático com a obra literária. Assim, será mais fácil conectar conceitos, como práticas sociais e culturais, história do Brasil e até mesmo tecnologia, a partir das leituras.  

Vamos conhecer algumas das obras? Já salva aí na sua lista. Confira abaixo oito títulos que serão utilizados pela rede para enriquecer o aprendizado dos estudantes! 

1. E não sobrou nenhum – Agatha Christie 

Uma ilha isolada, uma mansão, uma festa de gala e suspeitos em potencial de um crime. Essa é a receita do clássico E não sobrou nenhum da rainha do crime Agatha Christie. A obra é considerada o melhor romance policial de todos os tempos e um dos melhores da escritora.  

O livro se passa na ilha do Soldado, em uma antiga propriedade de um milionário norte-americano. Ali, dez pessoas sem nenhuma ligação são confrontadas por uma voz misteriosa com fatos marcantes do passado. De repente, todos são suspeitos, vítimas e culpados. Enquanto uma música de suspensa toca ao fundo... mortes inexplicáveis começam a acontecer. E para piorar a situação, uma forte tempestade atinge a ilha, impedindo a comunicação com qualquer pessoa de fora. 

2. Admirável mundo novo - Aldous Huxley 

O livro de Aldous Huxley é um clássico moderno. O romance distópico é leitura indispensável para quem busca temáticas como autoritarismo. Admirável mundo novo ganhou uma adaptação cinematográfica em 1998 e critica governos totalitários. 

Na obra publicada em 1932, conhecemos Bernard Marx, um psicólogo que se sente inadequado quando se compara aos outros seres de sua casta. A sociedade em que ele vive é fascinada pelo progresso científico e convencida de poder oferecer uma felicidade obrigatória. As pessoas são programadas em laboratório e já têm papel definido desde o nascimento. Ao descobrir um local que preserva costumes de uma civilização antiga, Bernard vai ficar intrigado e mudar a sua percepção da realidade. 

3. Fahrenheit 451 - Ray Bradbury 

Mais um clássico da lista é Fahrenheit 451 de Ray Bradbury. E você imagina o porquê do nome do livro? É na temperatura de 451°F, ou 233°C, o ponto em que o papel queima. No livro, o bombeiro Guy Montag tem a função de atear fogo nos livros. Em um mundo onde as pessoas vivem em função das telas e a literatura está ameaçada de extinção, os livros são objetos proibidos. 

Montag nunca questionou seu trabalho, até que conhece Clarisse, uma jovem cheia de imaginação. Quando sua esposa entra em colapso mental e Clarisse desaparece, a vida de Guy Montag começa a mudar.  

4. O segredo do meu turbante - Nadia Ghulam e Agnès Rotger 

Traduzido em mais de 25 países, o livro O segredo do meu turbante conta a história real da afegã Nadia Ghulam que assumiu a identidade do irmão para sobreviver ao talibã. Aos oito anos de idade, a casa de Nadia, no Afeganistão, foi destruída por uma bomba. Ela passou dois anos no hospital, teve o rosto deformado e perdeu todos os homens da família.

Assim como Malala Yousafzai desafiou o talibã para ter acesso à educação, Nadia lutou na defesa dos direitos das mulheres e assumiu a identidade do irmão morto para buscar o sustento da família. Aos 21 anos, ela conseguiu imigrar para a Espanha, onde vive há mais de uma década.   

5. 1808 – Laurentino Gomes 

Como foi a vinda da família real portuguesa para o Brasil? Você deve se lembrar de ouvir sobre esse importante episódio do país nas aulas de história. Contudo, na obra, o jornalista Laurentino Gomes não só detalha a vinda da família real e sua corte, em 1808, como também traz informações e dados super curiosos.  

O autor relata como eles influenciaram a vida no Brasil, culminando com a Independência em 1822. Ao longo das 408 páginas, o leitor passa cronologicamente por todos os acontecimentos relacionados à D. Maria de Portugal (a rainha louca), o príncipe D. João VI, sua mulher Carlota Joaquina e até Napoleão Bonaparte. 

6. Inteligência artificial - Kai-Fu Lee 

Na era do ChatGPT e de reflexões sobre como a internet tem mudado o mundo do trabalho, Inteligência Artificial é uma leitura necessária para quem quer saber mais sobre o assunto. O cientista taiwanês Kai-Fu Lee é um dos criadores da IA como conhecemos hoje e mostra como a revolução das máquinas nos tornará ainda mais humanos. Lee argumenta que a tecnologia poderia ser utilizada também para resolver grandes problemas, como a desigualdade e o acesso à educação. 

O autor já foi presidente da Google China e é considerado um dos maiores especialistas em inovação tecnológica no mundo. Na obra, ele explica para todos os públicos, leigos ou não, como o desenvolvimento da IA já está alterando as nossas vidas e quais são as mudanças para os próximos anos.  

7. A sapatilha que mudou meu mundo – Ingrid Silva 

Do subúrbio carioca aos palcos de Nova York, A sapatilha que mudou meu mundo conta a história inspiradora de Ingrid Silva. A bailarina ficou conhecida após postar nas redes sociais que pintava as sapatilhas no tom da sua pele. Isso porque nenhuma marca fazia calçados para pessoas negras, já que o balé foi criado predominantemente na Europa. Ingrid começou a dançar aos 8 anos em um projeto social e nunca mais parou. Desde 2013, é bailarina profissional do Dance Theatre of Harlem, em Nova York.  

Na obra, recheada de fotografias, Ingrid conta sobre os obstáculos até chegar aos EUA, a maternidade e os lugares que o balé a fez chegar. Ela é cofundadora do projeto Blacks in Ballet, com o objetivo de destacar bailarinos negros e compartilhar suas histórias.  

8. O amor nos tempos do ouro – Marina Carvalho 

Para fechar a lista, O amor nos tempos do ouro, da escritora mineira Marina Carvalho. Para quem ama romances históricos, a obra é leitura obrigatória! O livro se passa durante o período colonial no Brasil e tem como protagonista a francesa Cécile Lavigne. A jovem nasceu em uma família de nobres, filha de uma portuguesa de Coimbra e um aristocrata francês.  

Após um acidente, Cécile perde toda a família. Como ainda não tem idade legal para assumir os bens, é enviada ao Brasil por um tio para se casar com um latifundiário de Minas Gerais. Depois de desembarcar no Rio de Janeiro, vamos acompanhar a jornada de Cécile até as terras mineiras ao lado do explorador Fernão, um homem intrigante contratado pelo seu futuro marido para acompanhá-la na viagem. 

Próxima parada: uma nova história 

Nesta terça-feira (29) às 17h, vai ocorrer a live de lançamento da biblioteca com a presença de Gustavo Bernardo, autor do livro O fantasma da mãe, que está na lista de obras disponíveis no catálogo. Não perca!

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