1. Faturamento real
É a soma dos ganhos obtidos pelas empresas industriais com a venda de seus produtos, já descontada a inflação. Quanto mais a empresa fatura, melhor é o seu desempenho. Mas, com a queda atual da atividade, esse indicador mostra uma perda de 6,5% de janeiro a julho deste ano em relação a igual período de 2014.
2. Horas trabalhadas na produção
É o número de horas que os trabalhadores dedicam à fabricação dos produtos. Quando a economia está aquecida, esse indicador aumenta, porque são necessárias mais horas de trabalho para atender o crescimento das encomendas. Por isso, esse indicador também pode ser usado para medir a evolução da produção. No entanto, neste momento em que o Brasil atravessa um período de recessão, as horas trabalhadas na produção caíram 9% de janeiro a julho frente ao mesmo período do ano passado.
3. Utilização da capacidade instalada
A capacidade instalada é o conjunto de instalações físicas, máquinas, equipamentos do qual a empresa dispõe para produzir determinada quantidade de produtos em um período. A capacidade instalada varia de empresa para empresa, de acordo com o porte, setor, localização, tecnologia etc. Por exemplo, uma indústria de veículos pode ter capacidade para produzir até 60 mil carros por mês. Mas nem sempre ela produz tudo isso porque a utilização da capacidade aumenta ou diminui conforme o comportamento da economia. Quando a utilização da capacidade instalada diminui, a ociosidade na indústria aumenta. Em tempos de crise como agora, as empresas reduzem a produção e, consequentemente, a utilização da capacidade instalada. Em julho, esse indicador alcançou 78,6%, o menor nível dos últimos 12 anos.
4. Emprego
É o indicador que expressa o número de trabalhadores que estão empregados nas empresas e é o principal termômetro do mercado de trabalho industrial. Normalmente, o emprego acompanha o ritmo da produção. Quando há aumento contínuo da produção, a tendência é que o emprego cresça. Quando a produção cai por meses a fio e não há perspectiva de reação, o número de vagas tende a diminuir e, consequentemente, as empresas demitem. É isso que está ocorrendo no Brasil. O indicador de emprego na indústria recuou 4,9% de janeiro a julho deste ano na comparação com o mesmo período de 2014.
5. Massa salarial real
É a soma de salários, horas extras, abonos, gratificações e outros ganhos dos trabalhadores, descontadas as perdas para a inflação. O indicador acompanha o ritmo do emprego: cresce quando tudo vai bem e diminui quando a economia esfria. De janeiro a julho deste ano, a massa salarial real caiu 4,7% em relação aos mesmos meses de 2014, confirmando a retração do mercado de trabalho.
6. Rendimento médio real do trabalhador
É o ganho médio do trabalhador da indústria, já descontadas as perdas para a inflação. Mostra o poder de compra dos empregados do setor. Junto com os indicadores de emprego e de massa salarial, compõe o retrato do mercado de trabalho. Neste momento, esse retrato não está nada favorável. O rendimento médio do trabalhador da indústria cresceu apenas 0,2% de janeiro a julho deste ano na comparação com o mesmo período do ano anterior.
SAIBA MAIS - Acesse a página da pesquisa Indicadores Industriais para conferir os dados do último levantamento, divulgado no início de setembro.