7 mudanças na Previdência apoiadas pela população

Pesquisa da CNI indica que 75% dos brasileiros querem reformas na Previdência

Aumenta a consciência da população brasileira sobre os problemas enfrentados pela previdência pública. Uma prova é o apoio da maioria da população a medidas de reforma no regime. Pesquisa feita pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) aponta que 75% das pessoas apoiam alterações nas regras da Previdência para evitar pagar mais impostos. O aumento da receita é necessário para sanar o déficit do sistema, que deve chegar a R$ 200 bilhões em 2016, somando o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) com a Previdência dos servidores públicos civis e militares da União. Veja quais são as medidas apoiadas pelos brasileiros, segundo o levantamento feito em parceria com o Ibope Inteligência com 2.002 pessoas em 143 municípios.

1. Estabelecer uma idade mínima para aposentadoria
Para 65% da população é preciso estabelecer uma idade mínima para o trabalhador se aposentar por tempo de contribuição. A medida é defendida pela CNI. A idade média de aposentadoria dos brasileiros atualmente é de 58 anos, enquanto a média dos países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) é de 64 anos.

2. O fator previdenciário ganha cada vez mais aceitação
O número de pessoas que concorda que o valor pago aos trabalhadores que se aposentam mais cedo deve ser menor do que o pago aos que se aposentam mais tarde aumentou entre 2014 e 2015. Em 2014, 29% da população apoiava a aplicação do fator previdenciário. Em 2015, o percentual aumentou para 40%.

3. Igualar o tempo de contribuição entre homens e mulheres

Um total de 62% da população defende que o período que homens e mulheres contribuem deve ser o mesmo. Das mulheres, 63% concordam. Dos homens, 62%. Atualmente, as mulheres podem se aposentar por idade a partir dos 60 anos, frente aos 65 anos demandados dos homens. Quando a aposentadoria é por tempo de contribuição, são exigidos dos homens 35 anos de contribuição frente aos 30 anos exigidos das mulheres. A CNI defende a equiparação, respeitando os direitos já adquiridos.

4. Garantir que professores contribuam pelo mesmo período dos demais trabalhadores
A pesquisa mostra que 65% dos entrevistados concorda que os professores devem contribuir pelo mesmo período que os demais trabalhadores. A CNI defende que é preciso garantir o tratamento isonômico, como ocorre na maioria dos países. Na aposentadoria por tempo de contribuição são descontados cinco anos do período regular, de modo que um professor homem deve contribuir por 30 anos e não por 35 e uma professora mulher deve contribuir por 25 anos e não por 30 anos para ter acesso ao benefício.

5. Criar regras iguais de aposentadoria entre trabalhadores do campo e da cidade

Para 50% da população, os trabalhadores rurais devem contribuir pelo mesmo período dos demais. Para a CNI, a equiparação deve ser feita de forma gradual. Os trabalhadores rurais se aposentam cinco anos antes que os demais. Eles podem se aposentar por idade com cinco anos a menos que os trabalhadores urbanos, os homens aos 60 anos e as mulheres aos 55 anos.

6. Levar em consideração o nível de renda e o número de dependentes nas regras das pensões para viúvos e viúvas
O percentual dos que concordam que a pensão deve ser definida em função da renda familiar do beneficiário é de 71%.

7. Limitar a um benefício do INSS por pessoa
Neste quesito a população está dividida. De acordo com 47% dos entrevistados, as pessoas devem receber um único benefício, ou aposentadoria ou pensão. Outros 47%, consideram que não há problema em acumular ambos os benefícios. Já 3% não concordam e nem discordam e 3% não souberam responder.

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