6 inovações sustentáveis incríveis desenvolvidas pela indústria brasileira

De tecidos sustentáveis a motores movidos a hidrogênio, a indústria nacional produz inovações que vão contribuir para um mundo descarbonizado. Vem conferir algumas delas!

O cotidiano das pessoas é constantemente transformado por uma inovação. Há sempre novos produtos ou novas formas de realizar ações que impactam a rotina de todos. Quem exemplifica bem isso são empresas e centros de pesquisa nacionais como Suzano, TupyMorlub, Tramontina, ProSolar e os Institutos SENAI de Inovação, que estão desenvolvendo novos processos e tecnologias com o objetivo de tornar a indústria e o mundo mais sustentáveis.

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Durante esta semana, as empresas estão na Hannover Messe - a maior feira de tecnologia industrial do mundo - para apresentar inovações em um ambiente que reúne potenciais parceiros e investidores de diversos países. Os projetos vão desde tecidos sustentáveis até motores movidos a hidrogênio e demonstram o protagonismo do país na agenda global de descarbonização, na transição energética e na bioeconomia.

Quer saber mais? Então confira a lista com essas inovações sustentáveis nacionais incríveis!

1. Fibra têxtil sustentável

Referência mundial no desenvolvimento de soluções sustentáveis, a paulista Suzano tem a bioeconomia como parte determinante do modelo de negócios. Uma de suas criações é a primeira fibra têxtil sustentável do mundo criada a partir de celulose microfibrilada (MFC) de madeira - que é, basicamente, uma fibra de celulose reduzida a dimensões nano.

O produto é fruto da joint-venture Woodspin, parceria entre Suzano e Spinnova, uma empresa têxtil da Finlândia focada em materiais ecologicamente corretos. Com a junção da matéria-prima brasileira e a tecnologia finlandesa, foi possível fabricar tecidos sustentáveis com potenciais de emissão de carbono 70% menor em comparação com outros fibras.

2. Motor de combustão interna movido a hidrogênio

Uma alternativa inovadora de propulsão está em desenvolvimento pela Tupy, multinacional brasileira do setor metalúrgico sediada em Santa Catarina. A empresa cria soluções de engenharia direcionadas aos ramos de transporte, infraestrutura, agronegócio e geração de energia. Um exemplo de destaque é o motor de combustão interna movido a hidrogênio.

Além de substituir os combustíveis tradicionais por uma opção neutra em carbono, o motor oferece maior durabilidade, potencial para reabastecimento mais rápido e custo operacional mais baixo.

3. Ambiente de testes e produção do Hidrogênio Verde no Brasil

O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) e o Porto de Suape firmaram parceria para desenvolver infraestrutura e consolidar um ecossistema de inovação para conexão de empresas, startups e outros centros de pesquisa para produção, transporte, armazenamento, gestão e certificação do hidrogênio verde e energias limpas. O ambiente é ideal para promover a construção de parcerias estratégicas - por interessados nacionais e internacionais - voltadas para a transição energética em escala industrial.

Por isso, atualmente está em implantação o TechHub Hidrogênio Verde, iniciativa pioneira lançada em 2022. Situado no Complexo Industrial Portuário de Suape, em Recife (PE), a infraestrutura permitirá o desenvolvimento de projetos de pesquisa e testagem e experimentação de tecnologia, produtos e serviços disruptivos.

4. Óleos sintéticos

Fundada no Rio Grande do Sul, a Morlub surgiu com a finalidade de ofertar um tipo de óleo ecologicamente correto, capaz de contribuir para a descarbonização das indústrias. Há 11 anos, a empresa lançou os óleos solúveis sintéticos orgânicos de alto desempenho, e as pesquisas para aprimorar esse tipo de composto nunca mais pararam.

As principais vantagens do óleo são o fato de ele ser atóxico, antioxidante, de alta refrigeração, não conter polímeros de petróleo, cloro e óleos minerais na formulação, ser resistente à chama, ter o menor percentual de reposição do mercado (1,5%), não atacar a pintura das máquinas, ter ponto de fluidez estável e não promover formação de espuma residual.

5. Reaproveitamento de recursos

Também fundada no Rio Grande do Sul e presente no mercado há mais de um século, a Tramontina se consolidou ao longo dos anos como um dos maiores nomes da indústria nacional. De utensílios domésticos até eletrônicos, as fábricas da empresa estão sempre com alta produção diária. Para manter as atividades de forma sustentável, a economia circular é amplamente aplicada.

A água é um dos recursos mais utilizados nas fábricas e, por isso, a Tramontina conta com Estações de Tratamento de Efluentes (ETEs) que possibilitam o reuso. Em algumas fábricas, o reaproveitamento chega a 100%.

Outro bom exemplo de economia circular está na fabricação de cabos, na qual a madeira provém de reflorestamento de eucalipto. Além disso, toda serragem que surge ao longo do processo é coletada e, posteriormente, dá origem a briquetes.

6. Usinas fotovoltaicas

Mais uma empresa gaúcha atuante no ramo de sustentabilidade é a ProSolar, focada na instalação e certificação de usinas fotovoltaicas residenciais, empresariais, industriais, governamentais e rurais.

Entre os clientes da empresa está o Esporte Clube Juventude. O clube de futebol instalou no Estádio Alfredo Jaconi 204 módulos de painéis solares, com geração total de 104,1 mil kWh. Assim, deixou de emitir 55 toneladas de CO2 em um ano (o equivalente ao plantio de 396 árvores e economia de R$ 72,5 mil).

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