Entidades devem ser proativas e propostivas, diz presidente da FIEG

As entidades de representação do setor produtivo devem ser ativas e propositivas para buscar melhorias no ambiente de negócios

Em um momento de ajuste e correção dos rumos da economia brasileira, é importante que os empresários se mobilizem para defender uma agenda pró-competitividade e de baixo impacto fiscal. E as entidades de representação do setor produtivo devem ser ativas e propositivas para buscar melhorias no ambiente de negócios de seus estados e, claro, no país. É assim que pensa Pedro Alves de Oliveira, presidente da Federação das Indústrias de Goiás (FIEG). A seguir, confira a entrevista que ele concedeu ao Canal do PDA.

Agência CNI de Notícias - A terceirização é um tema relevante para conferir segurança jurídica às indústrias e proteger os trabalhadores. A Câmara dos Deputados aprovou, no dia 22 de abril, o PL 4.430/2004, mas ainda será necessário um grande esforço para promover ajustes no texto a ser votado pelo Senado. Quais ações a FIEG e os sindicatos têm realizado para mobilizar as indústrias quanto ao assunto? 

Pedro Alves de Oliveira - A FIEG está fortemente empenhada na mobilização empresarial pela aprovação do projeto da terceirização. Para mostrar esse esforço, levamos uma comitiva a Brasília. Os empresários fizeram visitas aos gabinetes dos deputados goianos e obtiveram o apoio da grande maioria. Como resultado, tivemos 16 votos a favor e 1 contra  na primeira votação, e 13 favoráveis e 3 contra na segunda. Pretendemos repetir a experiência junto aos senadores.

Agência CNI de Notícias - Recentemente, a FIEG inaugurou um novo espaço para instalação das sedes e escritórios de apoio dos sindicatos, onde também ficará a área sindical da federação. Que tipo de ganhos esse modelo de organização dos sindicatos pode trazer para o processo de mobilização empresarial? 

Pedro Alves de Oliveira – Essa unidade trará mais conforto aos sindicatos, pois conta com o espaço adequado às atividades sindicais, como reuniões e locais de atendimento. Ao mesmo tempo, os sindicatos passam a trabalhar em proximidade à Assessoria Técnica da Federação e ao IEL, que precisa de espaço para crescer cada vez mais. Acredito que, ao colocar as instituições em um ambiente de trabalho conjunto, promovemos o entrosamento entre elas e fortalecemos o nosso sistema.

Agência CNI de Notícias - Em fevereiro, o senhor assumiu a presidência do Conselho Deliberativo do Sebrae Goiás, instituição tradicionalmente parceira do Sistema Indústria. Quais são as possibilidades de parceria entre Sebrae, FIEG e sindicatos para promover o associativismo e fortalecer a capacidade de mobilização da indústria goiana? 

Pedro Alves de Oliveira – Na minha avaliação, ser parte do Conselho me permitirá estreitar o relacionamento entre a FIEG e SEBRAE e tecer uma parceria bem mais consistente. O resultado disso será o desenvolvimento das micros e pequenas indústrias do nosso estado. A presença do Presidente Robson na presidência do Conselho Deliberativo do Sebrae Nacional também é um grande estímulo para que isso aconteça.

Agência CNI de Notícias - Além da terceirização, que outras propostas relacionadas à regulação e à desburocratização, a FIEG e os sindicatos têm defendido para amenizar efeitos da crise? 

Pedro Alves de Oliveira - A FIEG, em parceria com os sindicatos e com o Fórum de entidades da indústria, tem obtido alguns avanços em Goiás. Cito, por exemplo, a atuação que tivemos junto à Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh). Após dois anos de trabalho, conseguimos que a secretaria desenvolvesse um sistema on-line para expedir 80% de suas licenças. A Junta Comercial também avançou neste sentido. Lutar pela redução da burocracia e pela simplificação dos processos também é papel das entidades. Precisamos ser proativos e propositivos, e não ser apenas reagir aos fatos.

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