"O associativismo é o maior trunfo do Sistema Indústria", defende presidente da FIEMG

Olavo Machado Junior lidera a ampliação das ações de associativismo no estado, dono do terceiro maior PIB industrial do Brasil

À frente da Federação de Indústrias de Minas Gerais (FIEMG) há cinco anos, o engenheiro elétrico Olavo Machado Junior lidera a ampliação das ações de associativismo no estado, dono do terceiro maior PIB industrial do Brasil. Hoje, além das iniciativas do Programa de Desenvolvimento Associativo (PDA), a federação desenvolve outros encontros, como o Projeto Dirigente e o Encontro de Coordenadores Sindicais, com o objetivo de estreitar o alinhamento tanto entre lideranças quanto entre executivos.

O esforço deriva de uma convicção do presidente da FIEMG, que começou a ser construída aos 17 anos, quando ele acompanhava o trabalho na indústria eletrônica do pai, e se consolidou ao longo da própria experiência como empresário, bem como na participação ativa em organizações de representação de classe.

"Só com sindicatos unidos e fortes, vamos construir em Minas uma indústria moderna, geradora de riqueza, de empregos de qualidade e de impostos para financiar as políticas sociais no nosso estado", afirma Machado Junior. A seguir, confira os principais trechos da entrevista concedida pelo presidente da FIEMG ao Boletim do PDA.

Agência CNI de Notícias – No último ano a FIEMG ampliou significativamente a execução de ações voltadas à promoção do associativismo, como a oferta, pelos sindicatos às indústrias, de cursos sobre relações do trabalho, tributos, eficiência energética e outros. O que motivou essa ação?

Olavo Machado Junior - Estarmos unidos na promoção do associativismo é o maior trunfo do Sistema Indústria. A integração das ações da Fiemg e dos sindicatos é, cada vez mais, o caminho para a ampliação da competitividade. Confirmamos o que a história da Indústria Brasileira nos mostra: o associativismo empresarial se constitui em poderoso instrumento de estímulo e apoio ao desenvolvimento do setor, na exata medida em que mobiliza e une as empresas, seus sindicatos representativos e as federações presentes em todos os estados do país, integrados sob a liderança da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Estamos alinhados e o Programa de Desenvolvimento Associativo (PDA) tem sido de grande valia para os sindicatos de Minas Gerais.

Agência CNI de Notícias – Esse movimento pode ser comprovado também pelo grande número de ações sobre planejamentos estratégicos realizados pelos sindicatos filiados à FIEMG durante o período. Como o planejamento pode estimular os sindicatos a inovar a sua atuação? 

Olavo Machado Junior – É fundamental refletir sobre questões estratégicas e essenciais para a definição do futuro: qual é a nossa grande missão? onde estamos? onde queremos chegar? qual é o melhor caminho? São perguntas realmente cruciais. Já sabemos que a nossa responsabilidade maior – a Nossa Causa - é “sermos essenciais na contribuição à indústria mineira, gerando resultados que sustentem sua competitividade”. Em um cenário com o qual com convivemos, torna-se fundamental esse trabalho. Posso assegurar que avançamos muito e já temos as Diretrizes Estratégicas do Sistema FIEMG para o período 2014-2023. Posso garantir, igualmente, que o objetivo é contribuir para tornar a indústria mineira cada vez mais inovadora, produtora de bens e serviços de alta intensidade tecnológica e, com estes atributos, ampliar sua competitividade no mercado brasileiro e nos grandes mercados mundiais.

Agência CNI de Notícias – Já é tradição na FIEMG a realização, anualmente, do Projeto Dirigente, evento que reúne os presidentes de todos os sindicatos filiados, e do Encontro de Coordenadores Sindicais, voltado a executivos sindicais. Como a Federação utiliza esses dois marcos para reforçar a necessidade de engajamento e de proatividade dos sindicatos? 

Olavo Machado Junior - Trabalhamos com a crença de que os genes predominantes no DNA da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais  e de todo o Sistema Fiemg são os sindicatos filiados e as empresas a eles associadas. Pessoalmente, entendo que o associativismo é vital na área sindical, na exata medida em que contribui para fortalecer a nossa entidade, assegurando-lhe credibilidade e voz junto ao Poder Público e a todos os segmentos de público cujas ações impactam a atividade industrial. No Projeto Dirigente o nosso objetivo é promover encontros com os presidente de sindicatos, líderes dos setores industriais, focado no crescimento e na competitividade da indústria, através de fóruns de discussões, workshops e discussões estratégicas,  que garantam o fortalecimento destes sindicatos  e consequente desenvolvimento da indústria mineira.  Outro objetivo é leva-los a pensar de forma estratégica as questões sindicais tais como: defesa de interesses, negociação coletiva e discutição sobre boas práticas. Em 2015, temas como redução da inadimplência, aumento do associativismo, o papel do líder sindical e aumento de receita serão debatidas durante o Projeto. Outra iniciativa em que apostamos é o Encontro de Coordenadores Sindicais. São eles que tratam a parte operacional o dia a dia do sindicato enquanto o empresário precisa lidar com os desafios de manter sua empresa competitiva. A ideia é induzir os executivos sindicais a uma reflexão sobre a seu papel como colaborador e parceiro estratégico para o crescimento e fortalecimento dos sindicatos patronais, contribuindo para uma indústria forte, tendo como apoio o Sistema FIEMG. Além disto, trabalhamos para aprimorar as habilidades necessárias para a gestão sindical, promovendo a integração e a troca de experiências entre os executivos sindicais.  Trabalhamos fortemente para estreitar a comunicação entre o Sistema FIEMG e os sindicatos, levando para o Encontro de Coordenadores os mesmos temas apresentados no Projeto Dirigente, buscando  promover uma  sinergia entre os Lideres Sindicais  e seus executivos.

Agência CNI de Notícias – Do ponto de vista das indústrias, quais são os benefícios em ter um sindicato forte e atuante? Na opinião do senhor, o que ainda pode ser feito para que melhorar esse cenário? 

Olavo Machado Junior - Fortalecer a indústria através do associativismo é e será sempre o nosso objetivo maior. Só com sindicatos unidos e fortes, vamos construir em Minas uma indústria moderna, geradora de riqueza, de empregos de qualidade e de impostos para financiar as políticas sociais em nosso Estado. É assim que o Sistema Fiemg trabalha, colocando a força de sua marca à disposição dos Sindicatos associados e disponibilizando, ainda, uma ampla gama de produtos e serviços oferecidos pelas instituições que o integram – SESI, SENAI, IEL, CIEMG e IER. Esta é a força que deve nos mobilizar a todos: o associativismo empresarial, forte e atuante, é o mais poderoso instrumento de atuação do Sistema Indústria. Unidos e coesos, somos uma corrente e o associativismo empresarial é o elo que nos une e nos fortalece. Só com estruturas sindicais sólidas e atuantes vamos poder criar um ambiente favorável à competitividade de nossas empresas, aos negócios e ao crescimento da indústria de Minas Gerais e do país.

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