Mais uma vez, o Sistema CNI, por meio do SESI, SENAI, IEL, em parceria com o Sebrae, empresas e instituições apoiadoras, realizaram o Congresso Brasileiro de Inovação, que contou com participação de palestrantes brasileiros e internacionais, representantes do governo e academia, sendo compartilhadas experiências, desafios, oportunidades para que nos adaptemos ao cenário de transformações.
O mundo mudou muito de dois anos para cá. Pudemos perceber novas formas de trabalho, profissões surgindo, novos hábitos de consumo e de relacionamentos.
Cada um de nós tem algo a dizer sobre aprendizados, experiências e adaptabilidade às mudanças. De fato, reaprender exige esforço, investimento e quebra de paradigmas.
Com essa fase de pandemia no mundo, cada vez mais a inovação se faz presente em nossas vidas, no cotidiano das empresas e organizações.
Percebemos que não estávamos preparados para essa crise mundial e seus impactos foram enormes, ficando as lições e experiências.
O Brasil é um país de grandes oportunidades, temos recursos em abundância, posição geográfica satisfatória, mas ao longo dos anos temos perdido competitividade e posicionamento em rankings de inovação e desenvolvimento.
Precisamos ampliar os investimentos em inovação, realizar mudanças que proporcionem um ambiente mais favorável aos negócios, com segurança jurídica, atração de novas empresas, desenvolvimento tecnológico, pesquisa e agregar valor aos nossos produtos e serviços, reduzirmos a dependência internacional na importação de insumos e matéria prima que poderíamos produzir.
O Brasil investe em média apenas 1% do PIB em inovação, enquanto outros países investem na ordem de 5%.
Com a pandemia e a crise na Europa, entre Ucrânia e Rússia, podemos ver os impactos que são gerados com a dependência de produtos internacionais, como foi no caso das vacinas, e na escassez e elevação de preços de insumos utilizados em medicamentos, fertilizantes, combustíveis, gás etc.
Durante o Congresso, foram vários posicionamentos em prol da inovação, seja na gestão pública ou privada, sendo necessária atenção à diversidade, à longevidade, meio ambiente, com práticas de sustentabilidade, eficiência, mobilidade, transformação digital, novas formas de se comunicar, a importância das redes de cooperação, união, sinergia, governança, agilidade nas ações e na criação de soluções e qualidade de vida à sociedade.
O Brasil pode se consolidar como referência, por meio de uma base produtiva avançada, fornecendo produtos e serviços para o mundo, mas precisa modernizar seus marcos regulatórios, reduzir a carga tributária, estimular e incentivar a cultura da inovação, da ciência, da pesquisa e do desenvolvimento humano e tecnológico.
O setor empresarial brasileiro tem se esforçado e buscado meios para sobreviver e contribuir com o desenvolvimento do Brasil e um país só se fortalece por meio de empresas produtivas, fortes, com inovação, educação e qualificação profissional, o que contribui com geração de produtos, emprego, rendas, receitas e a consolidação de uma sociedade melhor e mais próspera.
*Paulo Afonso Ferreira é vice-presidente executivo da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
O artigo foi publicado no dia 04/04/2022 no jornal O Popular.
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