O Brasil não solucionará os problemas fiscais do país sem enfrentar a reforma da Previdência Social. Segundo o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, o equilíbrio das contas públicas no longo prazo só será sustentado com mudanças no sistema previdenciário que, gradativamente, atenuem seu peso sobre o orçamento federal, hoje responsável por mais de 40% das despesas da União. “Essa é uma agenda que nós temos de ter coragem de enfrentar. A crise nos leva a ser responsáveis e a ter comprometimento de mudarmos as coisas no Brasil”, afirmou.
Andrade ressaltou a urgência de se fazer a Reforma da Previdência em debate promovido pela Comissão de Desenvolvimento Econômico (CDEIC) da Câmara dos Deputados no qual apresentou as propostas da indústria para o Brasil vencer a crise. O tema, aliás, figura na Pauta Mínima da Agenda Legislativa da Indústria , o conjunto de 15 propostas consideradas pelo setor industrial as mais relevantes para a melhora do ambiente de negócios do país e que estão em discussão no Congresso Nacional.
A medida também faz parte de 36 ações incluídas no documento Agenda para o Brasil sair da Crise , que foi entregue aos deputados integrantes da CDEIC. Durante a audiência, Andrade apresentou um resumo das principais prioridades do setor industrial, um conjunto de iniciativas capaz de remover entraves à retomada da economia e de recuperar a confiança investidor. Entre elas, ações para reduzir burocracia nas áreas tributária, trabalhista e, sobretudo, para melhorar a eficiência do Estado e a melhora da qualidade do gasto público.