Ao decidir pela redução de apenas 0,25 ponto percentual na taxa de juros, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) desconsiderou a forte recessão da economia brasileira e a convergência das expectativas de inflação para a meta de 2017. A avaliação é da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Com esperada queda da inflação nos próximos meses, a lenta redução da taxa Selic, que passa para 13,75% ao ano, provoca um aumento nos juros reais, o que dificulta ainda mais a retomada da atividade econômica.
Para a indústria, a redução mais intensa da taxa de juros é indispensável para recuperar as condições financeiras das empresas e das famílias, incentivar o consumo e reativar a economia. A CNI considera ainda que os avanços nas medidas que visam ao ajuste fiscal, como a aprovação da Proposta de Emenda Constitucional que limita o crescimento do gasto público e as discussões sobre a reforma da Previdência, também justificariam uma queda maior dos juros.