A recente turbulência política impediu que o Banco Central acentuasse o ritmo de queda dos juros. A redução de um ponto percentual promovida hoje pelo Copom, trazendo a Selic para 10,25% ao ano, poderia ter sido maior, caso o ambiente de incertezas não tivesse dificultado os horizontes da economia. O comportamento da inflação, abaixo da meta para 2017, e suas perspectivas favoráveis permitiriam um corte mais agressivo dos juros, o que iria contribuir para a continuidade da gradual normalização da atividade econômica.
A intensidade do ritmo de queda dos juros, nas próximas reuniões, depende de uma solução das incertezas políticas que viabilize a continuidade das reformas em discussão no Congresso. Na avaliação da CNI, as reformas são cruciais tanto para a garantia do equilíbrio fiscal de longo prazo como para a modernização das relações econômicas e a elevação da competitividade dos produtos brasileiros. São, portanto, fundamentais para a consolidação do crescimento econômico.