Novo governo deve aprofundar o ajuste fiscal para manter os juros baixos, diz presidente da CNI

Na avaliação da CNI, o aumento das incertezas com a aproximação das eleições e seus impactos na taxa de câmbio influenciaram a decisão do Banco Central de manter a taxa de juros em 6,5% ao ano

A manutenção dos juros básicos da economia em 6,5% ao ano, anunciada nesta quarta-feira (1º) pelo Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) não surpreendeu a indústria. De acordo com as estimativas da Confederação Nacional da Indústria (CNI), a taxa básica, a Selic, se manterá em 6,5% ao ano até o fim de 2018. 

Na avaliação da CNI, embora a inflação continue dentro da meta de 4,5% estipulada para este ano, o aumento das incertezas com a aproximação das eleições e seus impactos na taxa de câmbio influenciaram a decisão do Banco Central. 

Para o presidente da Confederação, Robson Braga de Andrade, uma redução dos juros neste momento seria importante para estimular o consumo das famílias e os investimentos das empresas e contribuiria para a recuperação mais robusta da economia. No entanto, pondera Robson Andrade, a definição dos juros depende da evolução dos preços, da atividade e dos riscos para a economia. “A manutenção dos juros em níveis baixos, sem impactos na inflação, exige que o próximo governo aprofunde o ajuste fiscal”, diz o presidente da CNI.

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