Fiems considera necessário aumento da taxa básica de juros para conter inflação

Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), utilizado como referência no sistema de metas de inflação brasileiro, chegou a 6,7% nos últimos 12 meses

O presidente da Fiems, Sérgio Longen, considera necessária a decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central de elevar de 8% para 8,5% ao ano a taxa básica de juros, a Selic, para tentar conter o crescimento da inflação, cujo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), utilizado como referência no sistema de metas de inflação brasileiro, chegou a 6,7% nos últimos 12 meses. "Essa é a única saída para evitar que essa política conta gotas feita sem planejamento pelo Governo Federal aumente ainda mais o consumo. Porque é esse crescimento desenfreado do consumo que está fazendo o risco de a inflação voltar", avaliou.

No entanto, Sérgio Longen defende que os governos, tanto em nível federal, quanto em nível estadual e municipal, reduzam os gastos com o custeio da máquina pública para demonstrar austeridade. "As pessoas estão cada vez mais endividadas e as indústrias não estão conseguindo produzir de maneira desejada. Agora chegou a hora de toda a sociedade arcar com essa conta", reforçou. Ele acrescenta ainda que a ameaça de inflação gera um cenário de instabilidade em todos os setores e, na indústria, isso não é diferente.

O Banco Central manteve a taxa básica de juros inalterada na mínima histórica, em 7,25% ao ano, entre outubro do ano passado e abril de 2013, mesmo com a deterioração do cenário de inflação registrado no primeiro trimestre deste ano - explicitado no relatório de inflação e nas atas do Copom. Entretanto, em abril deste ano, o BC iniciou o processo de alta dos juros e começou a endurecer o discurso do mês de maio em diante, quando a elevação da taxa básica foi intensificada.

Relacionadas

Leia mais

Juros baixos são decisivos para elevar o consumo e os investimentos, avalia CNI
Manutenção dos juros baixos depende do ajuste das contas públicas, alerta CNI
CNI diz a diplomatas de 80 países que inflação e juros baixos vão ampliar oportunidades no Brasil

Comentários