A indústria está empenhada em manter o abastecimento da população brasileira neste momento de crise. É motivo de preocupação, contudo, as restrições que estão sendo enfrentadas para a produção, bem como ao transporte de bens e produtos essenciais. Mesmo com dificuldades, as indústrias estão conseguindo se adaptar, mas as amarras precisam ser eliminadas rapidamente sob o risco de que o abastecimento seja comprometido.
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) considera que a mesma atenção deve ser dada aos insumos do processo produtivo. Por exemplo: o tratamento de água depende diretamente da disponibilidade de produtos químicos. A produção de alimentos requer insumos da mineração. Sem embalagens não é possível disponibilizar alimentos às pessoas. As cadeias de produção são complexas e qualquer julgamento equivocado sobre a “essencialidade” de um determinado insumo pode interromper cadeias inteiras de fornecimento.
Diante da queda de consumo, as empresas que continuam operando estão com procedimentos especiais e o fazem porque produzem itens essenciais ou seus processos produtivos não podem ser interrompidos sem riscos sociais, ambientais e econômicos elevados.
Do mesmo modo, diversas indústrias estão adaptando suas linhas de produção para fornecer os produtos mais necessários para o enfrentamento da crise provocada pelo coronavírus. Nesta lista estão desde respiradores mecânicos até álcool gel e equipamentos de proteção individual, como máscaras e luvas.
Nesse sentido, o segmento industrial entende que é preciso que autoridades garantam a operação mínima e com procedimentos especiais já implementados em plantas produtivas essenciais ou de fluxo contínuo. Também é imprescindível que haja condições mínimas para o transporte de produtos e insumos necessários para a manutenção do abastecimento.