Decisão do Copom de aumentar a Selic foi precipitada, avalia CNI

A segunda onda da Covid-19 terá impacto negativo sobre a demanda e, assim,deve reduzir o ritmo de elevação nos preços de bens e serviços

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) considera precipitada a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central do Brasil, de aumentar a taxa básica de juros (Selic) em 0,75 ponto percentual.

O presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, afirma que a segunda onda da Covid-19 trouxe a necessidade de implementação de novas medidas de isolamento social, o que terá impacto negativo sobre a demanda e, assim, deve reduzir o ritmo de elevação nos preços de bens e serviços.


“Consideramos que a decisão de aumento da taxa Selic deveria ter sido postergada até que os efeitos das medidas de isolamento sobre a demanda e, consequentemente, sobre a trajetória da inflação pudessem ser avaliados”, afirma Robson Braga de Andrade.


Desta forma, apesar da trajetória recente de aumento, o momento seria de esperar para avaliar o comportamento da inflação em um ambiente de restrição da demanda. O aumento da taxa de juros é um elemento adicional de contração da demanda, desnecessário na atual conjuntura.

Além disso, a elevação da taxa Selic provoca aumento no custo de financiamento para empresas e consumidores em um momento em que a necessidade de financiamento tende a aumentar.

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