A Confederação Nacional da Indústria (CNI) considera acertada a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil (BC) de manter a taxa básica de juros (Selic) em 2% ao ano.
“O ano de 2021 será desafiador, e a manutenção da taxa Selic em baixo patamar possibilita uma recuperação mais célere da atividade econômica e do emprego, uma vez que incentiva a demanda ao manter melhores condições de crédito para empresas e consumidores”, afirma o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade.
Além disso, a expectativa é que a recente alta na inflação seja temporária e a trajetória dos preços de bens e serviços volte a ser compatível com as metas de inflação. As projeções do Boletim FOCUS, utilizadas pelo BC, para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) estimam inflação abaixo da meta de 3,75%, para 2021, e no centro da meta de 3,50%, para 2022, e de 3,25%, para 2023.
O Comitê considera ainda as perspectivas de evolução das contas públicas nas suas decisões. Nesse sentido, tendo em vista o forte crescimento da dívida pública em 2020, necessário para a financiar os programas de proteção à população mais vulnerável e à economia em razão da Covid-19, tornou-se ainda mais importante e urgente o avanço das reformas macroeconômicas, como a tributária e a administrativa.
Mesmo se tratando de reformas estruturais, com efeitos sobre o crescimento no médio e no longo prazos, essas são agendas que reduzem a percepção de risco fiscal e permitem a manutenção de taxas de juros mais baixas.