A falta de competitividade é a causa da pequena participação do Brasil nas cadeias globais de valor e em acordos comerciais. O alerta foi feito pelo diretor de Desenvolvimento Industrial da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Carlos Abijaodi, durante a abertura do Primeiro Seminário sobre Comércio Exterior, que reúne especialistas mundiais da área. O evento é uma parceria entre a CNI e o Instituto Brasileiro de Estudos de Concorrência, Consumo e Comércio Internacional (IBRAC) e ocorre nesta terça-feira (5) na sede da CNI, em Brasília.
“A CNI entende que o Brasil precisa elaborar e executar uma estratégia mais sólida para reverter esse quadro”, afirmou Abijaodi. Segundo ele, além de diminuir os custos de produção, é preciso reajustar a política comercial brasileira para que o Brasil tenha acesso a novos mercados.
De acordo com a Organização Mundial do Comércio (OMC), o Brasil é uma das economias que menos participam das cadeias globais de valor. Apenas 10% do valor agregado das exportações brasileiras têm participação estrangeira.
O país é também um dos menos integrados nas redes de acordos comerciais. Enquanto vizinhos brasileiros têm maior acesso ao mercado mundial, como o Chile, com 62 acordos, Colômbia, com 60, e o Peru que tem acesso preferencial a 52 mercados, o Brasil só conseguiu assinar 22 acordos.
O 1º Seminário de Comércio sobre Comércio Exterior CNI-IBRAC, que se encerra às 15h30, discute a inserção do Brasil nas cadeias globais de valor e na rede de acordos comerciais, além das negociações em curso para a reunião ministerial de Bali, que ocorrerá em dezembro.
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