Aprovação da tabela de frete rodoviário representa risco de retrocesso permanente para a economia brasileira

Para a CNI, resultado da votação da MP 832 no Congresso Nacional institucionaliza medida ineficiente, cujos impactos sobre a economia serão pagos por toda a sociedade

A aprovação da tabela que fixará valores mínimos de frete para o transporte rodoviário de cargas pode institucionalizar um retrocesso que trará graves consequências para a economia brasileira. Para a Confederação Nacional da Indústria (CNI), o resultado da votação da Medida Provisória 832/2018, pelo Congresso Nacional, nesta quarta-feira (11), perpetua uma medida ineficaz, cujos impactos sobre os custos de produção e sobre a inflação serão pagos por toda a sociedade.

"O tabelamento do frete inevitavelmente levará ao aumento geral de preços para a população brasileira, em função da alta dependência rodoviária do país. Além disso, de acordo com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), há um elevado risco de que a fixação de preços mínimos resultará na cartelização do setor, com consequências danosas para toda a economia", afirma o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade.

A CNI continua a defender o deferimento da ação direta de inconstitucionalidade (Adin) apresentada ao Supremo Tribunal Federal (STF), em 14 de junho, na qual a Confederação aponta diversos vícios de constitucionalidade na MP 832, como a violação dos princípios da livre concorrência, da livre iniciativa e da defesa do consumidor.

Relacionadas

Leia mais

Próximo governo deve manter compromisso com livre comércio, defende CNI
Falta de concorrência no mercado de combustíveis custa R$ 7,38 bilhões à indústria brasileira
CNI divulga nesta quinta-feira (12),  às 10h, o Indicador de Custos Industriais

Comentários