SESI orienta empresários a investirem em Segurança no Trabalho para reduzir custos

Ações de prevenção custam menos para as empresas e preservam a saúde dos funcionários

“Os empresários devem buscar conhecer melhor a estrutura legalista, para não pagarem tantos impostos. Pois, quando entendem que os custos em segurança e saúde no trabalho na verdade representam um investimento, passam a agir mais estrategicamente”. Esta é a avaliação do médico do trabalho, do Serviço Social da Indústria (SESI), Gustavo Nicolai, oo participar do Seminário de Saúde e Segurança no Trabalho da Indústria Frigorífica, com empresários e gestores mato-grossenses.

Conforme Nicolai, há três anos, o SESI, em parceria com a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), desenvolveu o simulador de custos de acidentes e afastamentos de trabalho: Construindo Segurança e Saúde, que ajuda os gestores a entenderem melhor os tributos e também a retroagir custos. “Com isso, é possível ter uma melhor compreensão de que os custos com a prevenção são sempre menores. Além de ter um custo menor para a indústria, as ações prevencionistas também preservam o trabalhador”, explica.

Para exemplificar a relação de custo x benefício, os dados adquiridos com a ferramenta, utilizada por mais de 271 grupos empresariais, totalizando cerca de 1.300 simulações, mostram um valor médio de R$ 9.417 mil, por cada acidente de trabalho e R$ 73.300 mil em afastamento previdenciário. Isso independente do porte da empresa, já que o tributo varia conforme a quantidade de ocorrências registradas, desde a implantação do Fator Acidentário de Prevenção (FAP), em 2010.  O FAP é um instrumento legal que permite a majoração ou redução das alíquotas da tributação coletiva do Seguro Acidente do Trabalho (SAT).

O engenheiro de Alimentos e Segurança no Trabalho, Moacir Cerigueli, que abordou durante o evento sobre a insalubridade por frio e as alterações nas Normas Regulamentadoras 12 e 36, ratifica que o segredo para reduzir custos está em saber investir. “Primeiramente, o empresário deve fazer um diagnóstico do negócio e depois definir os investimentos necessários, seja em recursos humanos, máquinas ou tecnologia”, explica.

Também participou do seminário, o engenheiro de Segurança do SESI (MT), Kengiro Suezawa, com a palestra que tratou da importância e obrigatoriedade do monitoramento das condições ambientais de trabalho para o setor frigorifico. Ele apresentou os investimentos e projetos da instituição para propor soluções às indústrias. “Adquirimos nos últimos anos equipamentos de alta tecnologia, adequados às normas e que geram resultados confiáveis para as empresas”, diz. 

PELO BRASIL - Além de Cuiabá, o evento já passou por Belo Horizonte (MG), Chapecó (SC), Cascavel (PR), Porto Velho (RO). As próximas cidades serão Porto Alegre (RS), Belém (PA), Salvador (BA) e Campo Grande (MS). O seminário é uma realização da Associação Brasileira de Proteína Animal (Abpa), Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec) em parceria com o SESI (MT), Sindicato da Indústria de Panificação e Confeitaria do Estado de Mato Grosso (Sindipan), Sindicato das Indústrias de Frigoríficos do Estado de Mato Grosso (Sindifrigo), Sindicato Intermunicipal da Indústria da Alimentação do Estado de Mato Grosso (Siamt) e Sindicato das Indústrias de Laticínios do Estado de Mato Grosso (Sindilat).

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