A diretora de Relações Institucionais da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Mônica Messenberg, defendeu ajustes na agenda de produção florestal sustentável para que haja melhora no ambiente de negócios e maior competitividade para o setor. Ela participou nesta quarta-feira (25) da solenidade de entrega do II Prêmio Serviço Florestal Brasileiro (SFB) em Estudos de Economia e Mercado Florestal, que teve apoio da CNI e da Escola Superior de Administração Fazendária (ESAF). Para a diretora, a premiação incentiva estudos na área florestal e fortalece a produção sustentável.
Mônica Messenberg observou que a indústria baseada nas práticas de manejo florestal sustentável tem esbarrado na “complexa estrutura legal e institucional”, o que, segundo ela, eleva a burocracia e os custos de produção. “Há ajustes que precisam ser feitos pelos órgãos do governo federal e pelos órgãos estaduais competentes, que acreditamos serem urgentes. Ouça clicando aqui.
Ela mencionou, ainda, o importante papel da indústria florestal para o desenvolvimento econômico e social do país e apontou que, só na Região Amazônica, há cerca de 2.300 empresas madeireiras, responsáveis por 240 mil postos de trabalho, sendo 1/3 diretos.
Já a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, ressaltou que o Código Florestal é o pilar de uma política de governo com “segurança jurídica” e uma nova postura de governança, que impõe desafios também a estados e municípios. A ministra aproveitou a ocasião para anunciar o novo diretor-geral do Serviço Florestal Brasileiro (SFB), Raimundo Deusdará Filho, que substitui Marcus Vinícius Alves, e destacou a importância do prêmio para o estímulo às pesquisas. “Espero que novos prêmios venham para o reconhecimento de novos rumos, com novos trabalhos desafiadores e inquietantes”, afirmou.
VENCEDORES - Um diagnóstico sobre o comércio virtual de biojoias e um projeto sobre perspectivas de desenvolvimento nas Florestas Nacionais da Amazônia foram os vencedores da segunda edição do prêmio. Ao todo, foram 26 trabalhos inscritos nas categorias Graduandos, Profissionais e Estudo de Caso. Os troféus foram entregues durante solenidade organizada pela CNI, em Brasília.
Segundo o presidente da banca examinadora e coordenador de Estudos em Sustentabilidade Ambiental do IPEA, Júlio Roma, o que mais chamou a atenção nos trabalhos apresentados neste ano foi a originalidade dos temas, que abordaram diferentes formas de aproveitamento econômico dos recursos florestais. “Os trabalhos oferecem contribuições originais sobre como os recursos florestais podem contribuir para o desenvolvimento sustentável de nosso país”, disse.
O gerente de Planejamento Florestal do SFB, André Andrade, também destacou a qualidade e aplicabilidade dos trabalhos. “Além de terem dado continuidade ao prêmio anterior, estimulando o debate da economia florestal, os assuntos premiados nessa edição demonstraram como pode ser diversificado o uso produtivo e sustentável das florestas brasileiras”, afirmou.
Categoria Graduandos
1° Lugar
Título: Diagnóstico Preliminar do Perfil do Comércio Virtual de Biojóias
Autora: Nayra Davi Gondim
Categoria Profissionais
1° Lugar
Título: Desafios do Serviço Florestal de Ecoturismo: Perspectivas de Desenvolvimento nas Florestas Nacionais da Amazônia
Autor: Fagno Tavares de Oliveira
2° Lugar
Título: Regulação de Florestas Inequiâneas sob Manejo Florestal Comunitário na Amazônia
Autor: Diego Armando Silva da Silva
3° Lugar
Título: Raio Econômico como um Indicativo para a Definição de Concessões Florestais: Um Estudo de Caso no Estado do Acre
Autor: Zenobio Abel Gouvea Perelli da Gama e Silva
Menção Honrosa
Título: Crescimento Econômico e Demanda de Recursos Florestais no Brasil
Autor: Fernanda Paim Gomes