Dia da Indústria na COP26: especialistas debatem sobre o futuro da agenda climática

Acompanhe os painéis e as discussões sobre transição energética, inovação, economia circular e conservação florestal

Começa a segunda parte do Dia da Indústria na COP26. Acompanhe as discussões sobre o futuro da agenda climática direto do estúdio montado em Brasília:

Abertura

A abertura conta com a participação do presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI) em exercício, Glauco Côrte, e do secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Fernando Moura.

Glauco José Corte, vice-presidente da CNI
O presidente da CNI em exercício, Glauco Côrte, faz a abertura do Dia da Indústria na COP26

"Cuidado com o meio ambiente é parte da estratégia da indústria brasileira para manter a competitividade e atender as exigências dos mercados internacionais. A indústria é um dos principais aliados para atingir as metas dessa conferência do clima. O êxito dos projetos dependem do aumento significativo do investimentos públicos e privados em ciência, tecnologia e inovação, infelizmente os investimentos atuais não são insuficientes para enfrentar os desafios da sustentabilidade. É necessário aprovar marcos regulatórios e mecanismos de incentivo. Os resultados da agenda serão mais efetivos em ambiente que favoreça o negócio e investimentos, por isso é necessário uma reforma tributária ampla que corrija distorções e em paralelo preciso acelerar propostas que aumente segurança jurídica e fortaleçam a indústria", destaca o presidente da CNI em exercício, Glauco Côrte.

Fernando Moura, secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente
O secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente, Fernando Moura, destaca os desafios impostos pelas transformações climáticas

"Os grandes desafios impostos pelas transformações climáticas evidenciaram que o modelo de produção pautado em tecnologias poluentes no uso de combustíveis fósseis e recursos naturais para o consumo em massa tornou insustentável. Alterá-lo para um modelo sustentável exige um grande esforço de todos os envolvidos no processo de desenvolvimento econômico. A necessidade de se reduzir a emissão de carbono ao passo de ampliar o crescimento econômico e o desenvolvimento social está diretamente relacionado ao avanço tecnológico das medidas de descarbonização, onde destaco o protagonismo da indústria", afirma o secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente, Fernando Moura.

Painel I | Transição Energética 

O gerente do Projeto Ilumina Pantanal do Grupo Energisa, Heber Henrique Selvo do Nascimento, mostra os detalhes de como levar energia elétrica limpa para comunidades remotas. Na sequência, o gerente geral de sustentabilidade da Companhia Brasileira do Alumínio, Leandro Faria, apresenta o projeto caldeira de biomassa. Por fim, o gerente do Programa Nacional de Conservação de Energia e Eficiência Energética da Eletrobras, Marcel da Costa Siqueira, detalha as ações do Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel).

Heber Henrique Selvo do Nascimento, gerente do Projeto Ilumina Pantanal do Grupo Energisa, apresentando Energia elétrica limpa em comunidades remotas – Pantanal
O gerente do Projeto Ilumina Pantanal do Grupo Energisa, Heber Henrique Selvo do Nascimento, trouxe detalhes de como levar energia elétrica limpa para comunidades remotas

"Nós temos uma crença: quando a energia chega, vidas se transformam. No Pantanal, a diversidade de clima tropical, umidade e vastas planícies acabou criando um bioma complexo, um mosaico de mata, savana e cerrado. A dificuldade de levar infraestrutura para o Pantanal é enorme, apesar de as pessoas habitarem a região. O nosso projeto levou muito estudo e preparação, porque redes energéticas no sentido tradicional não podem ser construídas ali. Testamos alternativas e logística, e agora estamos na fase de universalização – para atender com energia 100% renovável, com placas solares e baterias, as 2.090 famílias que vivem na região”, explica o gerente do Projeto Ilumina Pantanal do Grupo Energisa, Heber Henrique Selvo do Nascimento.

Leandro Faria, gerente geral de Sustentabilidade da Companhia Brasileira do Alumínio, apresentando Caldeira de biomassa
O gerente geral de sustentabilidade da Companhia Brasileira do Alumínio, Leandro Faria, apresentou o projeto caldeira de biomassa

“Na CBA, a sustentabilidade é o ponto de partida de nossas estratégias, tomadas de decisão e investimentos em torno do alumínio – que é infinitamente reciclável. Fazemos a gestão de emissões, na prática, com metas ambiciosas – como reduzir 40% de nossas emissões ao longo dos próximos dez anos e buscar uma rota de neutralização para carbono neutro em 2050. Nós vamos reduzir esses 40% e sabemos exatamente como fazer isso ao longo dos próximos dez anos. Nesse sentido, a caldeira de biomassa é um dos projetos que já se tornou uma realidade, além de outros projetos de modernização da tecnologia. O projeto já levou a uma redução de 163 mil toneladas de CO2 na atmosfera e entregou 50 empregos, com impacto social positivo. Para nós, da CBA, é um orgulho criar soluções de alumínio que transformam vidas”, aponta o gerente geral de sustentabilidade da Companhia Brasileira do Alumínio, Leandro Faria

Marcel da Costa Siqueira, gerente do Programa Nacional de Conservação de Energia e Eficiência Energética da Eletrobras
O gerente do Programa Nacional de Conservação de Energia e Eficiência Energética da Eletrobras, Marcel da Costa Siqueira, detalhou as ações do Procel

“A indústria é uma grande parceira na redução de consumo de energia. Entre os resultados do Procel, há boas reduções estruturadas de consumo ao longo dos últimos anos, com a ajuda de parceiros – como, em 2020, a redução de 22 bilhões de quilowatts por ano, levando à redução de emissões de 1 mil toneladas de CO2 por ano. Trabalhamos para inserir uma cultura de eficiência energética nos processos produtivos do dia a dia da indústria. Com suporte técnico do Procel e a confiança que o programa inspira na indústria, atuamos diretamente nos processos produtivos, muitas vezes sensíveis a grandes alterações e intervenções", destaca o gerente do Programa Nacional de Conservação de Energia e Eficiência Energética da Eletrobras, Marcel da Costa Siqueira.

Painel II – Transição energética 

O gerente de Sustentabilidade e Meio Ambiente da ArcelorMittal, Bernardo Enne Corrêa da Silva, apresenta a eficiência energética com foco em redução de CO2. Na sequência, Ingrid Person Rocha e Pinho, consultora de GEE e Eficiência Energética da Ternium, detalha o uso de biometano na produção de aço e geração de energia e Jose Eduardo Pereira da Silva, gerente do Projeto Vila Restauração do Grupo Energisa, apresenta o desenvolvimento e implantação de um sistema de microgeração distribuída de energia, com fonte 100% sustentável, em uma comunidade isolada. O diretor do Instituto SENAI de Inovação em Energias Renováveis, Rodrigo Diniz de Mello, fala sobre hidrogênio e energias renováveis construindo um novo mundo.

Bernardo Enne Corrêa da Silva - Gerente de Sustentabilidade e Meio Ambiente da ArcelorMittal
O gerente de Sustentabilidade e Meio Ambiente da ArcelorMittal, Bernardo Enne Corrêa da Silva (ao centro), falou sobre a eficiência energética com foco em redução de CO2

“O aço é um produto 100% reciclável. Dentro da economia circular, do carbono circular, tem possiblidade de ser infinitamente renovável e utilizado dentro do processo. A empresa foi pioneira em desenvolvimento projetos de mecanismos limpos. Foi a primeira siderúrgica a ter projeto aprovado na ONU. O grupo tem a meta de redução de emissões em 25% até 2030. É um desafio e um desafio que está sendo tratado com muita seriedade. Para essa redução é preciso passar pela transição de energia”, comenta o gerente de Sustentabilidade e Meio Ambiente da ArcelorMittal, Bernardo Enne Corrêa da Silva.

Ingrid Person Rocha e Pinho, consultora de GEE e Eficiência Energética da Ternium
A consultora de GEE e Eficiência Energética da Ternium, Ingrid Person Rocha e Pinho, detalhou o uso de biometano na produção de aço e geração de energia

"A gente buscou durante muito tempo introduzir a energia renovável e descarbonização nas nossas ações. Estamos aproveitando o biometano para ser usado na indústria siderúrgica. Gás natural é um combustível de transição que vai ajudar a gente a diminuir a emissão de carbono", disse a consultora de GEE e Eficiência Energética da Ternium, Ingrid Person Rocha e Pinho.

Jose Eduardo Pereira da Silva, gerente do Projeto Vila Restauração do Grupo Energisa
O gerente do Projeto Vila Restauração do Grupo Energisa, Jose Eduardo Pereira da Silva, detalhou a implantação na comunidade

“Os moradores da Vila Restauração (AC) tinham acesso a energia elétrica por apenas três horas por dia. Na nossa solução para o problema encarado pela população, optamos pela geração fotovoltaica sistema de geração, armazenamento e distribuição. Foram aproximadamente R$ 20 milhões investidos. Atualmente, atendemos 225 unidades de consumo, sendo que 14 já são unidades comerciais. Estima-os a redução na emissão de 50 toneladas somente pela substituição por uma fonte renovável e sustentável com disponibilidade 24 horas por dia”, comenta o gerente do Projeto Vila Restauração do Grupo Energisa, Jose Eduardo Pereira da Silva.

Rodrigo Diniz de Mello - diretor do Instituto Senai de Inovação em Energias Renováveis
O diretor do Instituto SENAI de Inovação em Energias Renováveis, Rodrigo Diniz de Mello, falou sobre hidrogênio e energias renováveis

“A gente precisa começar desmitificar o hidrogênio para que as pessoas não pensem que é aquela tecnologia inatingível. É preciso que a gente saiba para não correr risco e afastar o investimento que o hidrogênio já está na nossa vida, faz parte da rotina. Está na gordura hidrogenada do sorvete, da margarina, está no processo de produção do seu combustível para seu automóvel. Para implantação de consumo de hidrogênio sustentável, é preciso fazer uma transição a partir do hidrogênio cinza e não virar a chave e deixar de produzir o cinza para fazer o verde. Precisamos diminuir a produção de um e aumentar a produção do hidrogênio verde”, explica o diretor do Instituto SENAI de Inovação em Energias Renováveis, Rodrigo Diniz de Mello

Painel III – Indústria e Inovação

O painel conta com a participação de Fabio Gobeth, assistente da presidência da Bertolini da Amazônia, apresentando Fábrica Flutuante de Açaí;  Gonzalo Visedo, head de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Sindicato Nacional da Indústria do Cimento, com Roadmap tecnológico do cimento - Brasil: acompanhamento dos avanços alcançados; Ciro Marino, presidente da Associação Brasileira da Indústria Química, com A inovação e a química como soluções para o Desenvolvimento Sustentável; e Rosana Ribeiro, diretora da Malibu, com Uso de material reciclado para produção de calçados.

Fabio Gobeth, assistente da presidência da Bertolini da Amazônia
O assistente da presidência da Bertolini da Amazônia, Fabio Gobeth (à esquerda), apresentou a fábrica flutuante de açaí

“O objetivo do projeto é o desenvolvimento regional aliado à conservação ambiental. A ideia da balsa é integrar sustentabilidade e economia para o benefício dos ribeirinhos. Para os padrões da Amazônia, a balsa – que comporta 1700 toneladas de carga e tem pouco mais de 2 mil metros quadrados – é uma indústria de grande porte, que consegue processar 40 toneladas de fruta por dia e produzir 20 toneladas de polpa por dia. Um desafio é que 85% do açaí é caroço. A gente aproveita cerca de 15%, então há muito resíduo: 30 toneladas de caroço por dia. A solução tem sido queimar o caroço a bordo da balsa – e o resultado é o vapor, que a gente utiliza para várias coisas. Há 675 painéis solares a bordo da balsa, que navega pelo interior do Estado do Amazonas, usando açaí colhido na floresta e transformando-o em renda para a população ribeirinha”, explica o assistente da presidência da Bertolini da Amazônia, Fabio Gobeth.

Gonzalo Visedo, head de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Sindicato Nacional da Indústria do Cimento
O head de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Sindicato Nacional da Indústria do Cimento, Gonzalo Visedo (telão), comentou sobre o Roadmap tecnológico do cimento

“Em escala global, as emissões do setor de cimento respondem por 7% das emissões do mundo; no Brasil, por 2,3%, muito em função de ações implementadas pelo setor, bem pelo próprio perfil de emissões do país. O Brasil é o menor emissor de CO2 por tonelada de cimento do mundo. O desafio é encontrar soluções para reduzir nossa já reduzida pegada de carbono. O projeto foi lançado em 2019, de forma integrada ao Acordo de Paris. Projetamos uma mitigação de CO2 – uma redução de 33% de emissões até 2050, evitando 420Mt de carbono na atmosfera”, afirma o head de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Sindicato Nacional da Indústria do Cimento, Gonzalo Visedo.

Ciro Marino, presidente da Associação Brasileira da Indústria Química
O presidente da Associação Brasileira da Indústria Química, Ciro Marino, apontou soluções para o desenvolvimento sustentável

“A indústria química é praticamente invisível, mas é provedora de serviços, insumos e matérias-primas – e também de soluções sustentáveis – para outros setores da indústria, por meio de inovação e melhoria contínua. Na construção civil, a indústria química colabora para a construção de edifícios mais sustentáveis; na agricultura, contribui para o desenvolvimento de sementes mais resistentes e de alto rendimento; no setor automotivo, contribui para carros mais leves; e ela faz parte de várias fases da geração de energias alternativas como a solar e a eólica”, ressalta o presidente da Associação Brasileira da Indústria Química, Ciro Marino.

Rosana Ribeiro, diretora da Malibu
A diretora da Malibu, Rosana Ribeiro (esquerda), fala sobre o uso de material reciclado para produção de calçados

“Nossa empresa começou em 2003; começamos a nos organizar pensando sempre em 100% de reciclagem de PVC. A pergunta era: o que fazer com esse material tão abundante no nosso cotidiano? Adquirimos PVC reciclado de pequenos recicladores do sul do Ceará, mas não é o suficiente, então adquirimos também mercadorias de outros estados. Em 2021, transformamos 600 toneladas de PVC. Essa transformação pode parecer pequena, mas é assim que se começa: de baixo para cima. Estamos com projetos maiores para 2022: vamos montar uma empresa de reciclagem em uma escola pública local, para que os estudantes aprendam como fazer reciclagem. Todos nós precisamos pensar na questão da reciclagem – e em produzir menos lixo”, comenta a diretora da Malibu, Rosana Ribeiro

Painel IV | Economia Circular

O consultor da Associação Brasileira das Indústrias do Vidro, Stefan David, apresenta as contribuições do setor vidreiro para a mitigação das mudanças climáticas. Em seguida, Eduardo Ferlauto, gerente-geral de Sustentabilidade da Renner, apresenta a circularidade na moda. A diretora de Marketing e Vendas da Fibertex, Nivea Furlan, apresenta o não tecido feito a partir de fibras de PET reciclado e Leandro Santos, vice-presidente de Operações da Flextronics Brasil, mostra a economia circular aplicada à indústria brasileira elétrica e eletrônica. Por fim, João Cesar Rando, diretor-presidente do Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias apresenta o Sistema Campo Limpo.

Stefan David, consultor da Associação Brasileira das Indústrias do Vidro
O consultor da Associação Brasileira das Indústrias do Vidro, Stefan David (na parte superior do telão), trouxe as contribuições do setor para a mitigação das mudanças climáticas

“Pelas características do vidro, você tem praticamente ciclos infinitos do material podendo sempre ser reutilizado. A gente está hoje dentro das expectativas e das necessidades de avançar na indústria de baixo carbono. Como todo mundo sabe, temos as grandes discussões sobre as metas de carbono e nesse sentido temos trabalhado para desenvolver soluções que venham reduzir as emissões na indústria vidreira”, destaca o consultor da Associação Brasileira das Indústrias do Vidro, Stefan David.

Eduardo Ferlauto, gerente-geral de Sustentabilidade da Renner
O gerente-geral de Sustentabilidade da Renner, Eduardo Ferlauto, falou sobre a circularidade na moda

“A gente tem cadeia bastante expressiva de recursos. A gente olha nosso fornecimento já que a Renner não tem produção própria. Não é apenas internalização, mas também um engajamento que precisa ser feito. Quando a gente olha para inovação do desenvolvimento de produtos a gente olha o fechamento do ciclo, desde o ciclo de água até o ciclo da matéria-prima”, ressalta o gerente-geral de Sustentabilidade da Renner, Eduardo Ferlauto.

Nivea Furlan - diretora de Marketing e Vendas da Fibertex
A diretora de Marketing e Vendas da Fibertex, Nivea Furlan, apresentou o não tecido feito a partir de fibras de PET reciclado

“Estamos sempre em busca de parceiros que busquem soluções sustentáveis. Buscamos formas de consumo com o uso do mínimo possível de recursos naturais. Todos nós usamos não tecidos no nosso dia a dia, até mesmo máscaras contra Covid-19 podem ser feitas de não tecido”, reforça a diretora de Marketing e Vendas da Fibertex, Nivea Furlan

Leandro Santos, vice-presidente de Operações da Flextronics Brasil
O vice-presidente de Operações da Flextronics Brasil, Leandro Santos, mostra a economia circular aplicada à indústria brasileira elétrica e eletrônica

“Em 2008 tomamos decisão no Brasil de começar a eliminar o resíduo. É importante para economia circular eliminar o lixo. Buscamos um meio de reinserir e reutilizar parte do nosso resíduo industrial e evitar que ele fosse para aterros. Em 2012 já tínhamos conseguido que materiais mais simples fossem reinseridos na cadeia. De 2012 a 2018 percorremos um caminho grande de investimento em tecnologia desenvolvida aqui no Brasil para esse propósito”, relembra o vice-presidente de Operações da Flextronics Brasil, Leandro Santos

João Cesar Rando, diretor-presidente do Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias
O diretor-presidente do Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias, João Cesar Rando, apresenta o Sistema Campo Limpo

“A indústria de defensivo agrícolas começou na década de 90 um projeto para trazer solução para esse resíduo - embalagens de defensivos agrícolas – pós-consumo que ficava disposta nas propriedades rurais de forma irregular. Uma vez que o agricultor não tinha solução, as embalagens eram queimadas ou deixadas expostas de forma inadequada”, recorda o diretor-presidente do Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias, João Cesar Rando

Painel V | Conservação Florestal

O painel conta com a participação de Bertholdino Apolônio Teixeira Júnior, gerente de Sustentabilidade da Usina Coruripe, apresentando Proteção Florestal e ESG: a biodiversidade preservada nas reservas da Usina Coruripe; Julio Cesar Natalense, gerente-executivo de Iniciativas de Carbono da Suzano, apresentando Produtos inovadores com origem no papel e celulose e sua aplicação; Thiago Falda, presidente-executivo da Associação Brasileira de Bioinovação, com O impacto da bioeconomia nas reduções das emissões de GEE.

Bertholdino Apolônio Teixeira Júnior, gerente de Sustentabilidade da Usina Coruripe
O gerente de Sustentabilidade da Usina Coruripe, Bertholdino Apolônio Teixeira Júnior (telão), falou sobre a biodiversidade preservada nas reservas da Usina Coruripe

“Somos uma empresa do agronegócio – e a partir do novo Código Florestal, montamos uma estratégia florestal para nossas reservas. Começamos a adquirir florestas e agora temos aproximadamente 18 mil hectares de terras preservadas – 10 mil de Cerrado e 8 mil de Mata Atlântica –, criando assim um ativo ambiental. Nosso ativo principal é a terra; nossa estratégia é adquirir grandes reservas ambientais e criar biodiversidade e valor. Usamos também o modelo de servidão florestal, que nada mais é do que arrendar a sua reserva. Assim damos oportunidades também às comunidades locais”, destaca o gerente de Sustentabilidade da Usina Coruripe, Bertholdino Apolônio Teixeira Júnior

Julio Cesar Natalense, gerente-executivo de Iniciativas de Carbono da Suzano
O gerente-executivo de Iniciativas de Carbono da Suzano, Julio Cesar Natalense, apresentou produtos inovadores com origem no papel e celulose

“A Suzano abriga 1,5 milhão de hectares de florestas cultivadas e mais 1 milhão de hectares de florestas preservadas. Juntas, formam um mosaico entre as áreas de plantio florestal, permitindo a conservação. Na Suzano, somos negativos em carbono – e temos a meta de remover 40 milhões de toneladas de CO2 da atmosfera até 2025.  A nossa meta de biodiversidade para 2030 é promovermos a conexão entre mais de 500 mil hectares de remanescentes de vegetação com corredores ecológicos, permitindo o trânsito de animais e material biológico e promovendo um enriquecimento genético nos três biomas em ques estamos presentes: Mata Atlântica, Cerrado e Amazônia”, enfatiza o gerente-executivo de Iniciativas de Carbono da Suzano, Julio Cesar Natalense

Thiago Falda, presidente-executivo da Associação Brasileira de Bioinovação
O presidente-executivo da Associação Brasileira de Bioinovação, Thiago Falda, apresentou o impacto da bioeconomia nas reduções das emissões de GEE

“As vantagens comparativas que o Brasil possui trazem um diferencial no cenário internacional – e o desafio é como convertê-las em vantagens competitivas. A transição energética é o caminho para a construção da bioeconomia, para uma economia de baixo carbono. A partir de um modelo consagrado, analisamos o cenário das tecnologias selecionadas pelos nossos associados para verificar o potencial de descarbonização da bioeconomia”, salienta o presidente-executivo da Associação Brasileira de Bioinovação, Thiago Falda

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