Desafio de gestão da água requer integração e consciência da sociedade

Toda a sociedade precisa ser informada, ajudar naquilo que é possível. É preciso ter consciência e tratar a água de forma adequada”, discursou Shelley Carneiro, gerente-executivo de Meio Ambiente e Sustentabilidade da CNI

“A indústria não começa a pensar agora no problema de escassez. Ela já trabalha há muito tempo nisso" - Shelley de Souza Carneiro

O gerente-executivo de Meio Ambiente e Sustentabilidade da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Shelley Carneiro, afirmou que o caminho para o enfrentamento da crise de abastecimento de água nas regiões Sudeste e Nordeste do país passa pela integração de diversos setores da sociedade. Ele participou no fim da tarde desta sexta-feira (24), em São Paulo (SP), da solenidade de encerramento do Seminário Internacional Gestão da Água em Situações de Escassez, organizado pelo Ministério do Meio Ambiente, com apoio da CNI. 

“Temos muito a fazer no país, mas temos certeza que estamos prontos para enfrentar esse desafio da escassez de água, de uma maneira integrada e participativa. Toda a sociedade precisa ser informada, ajudar naquilo que é possível para que possamos ter um país com água para todos em quantidade adequada. É preciso ter consciência e tratar a água de forma adequada”, discursou Shelley Carneiro. 

O gerente-executivo da CNI mencionou que o setor industrial trabalha em parceria com órgãos ambientais federais e estaduais na busca por soluções integradas, mas frisou que a gestão da água no país precisa ser aprimorada. Ele observou ainda que a indústria brasileira tem trabalhado há mais de uma década em tecnologias e mecanismos de uso eficiente da água. “A indústria não começa a pensar agora no problema de situações de escassez. Ela já trabalha há muito tempo nisso, porque toda indústria passa por uma outorga, por um licenciamento e, dentro disso, são exigidas características de qualidade e de uso da água. Isso tudo é feito há 15 ou 20 anos no Brasil.” 

No encerramento do seminário, ao lado de autoridades como o secretário de Recursos Hídricos do Ministério do Meio Ambiente, Ney Maranhão, Carneiro destacou que cada vez mais os recursos naturais passarão a ser tema de discussões econômicas e estratégicas para o Brasil. “Iremos saber daqui a cinco ou dez anos se conseguiremos competir com indústrias de outros países, que já estão preparados e enfrentando situações a custos menores. Temos problemas seriíssimos econômicos, de câmbio, mas os problemas de recursos naturais vão começar a ser base da discussão econômica profunda”, disse.

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