O avanço de projetos de reúso no Brasil depende de regulamentação clara e que estimule o setor além de aumento nos índices de tratamento de esgoto. A afirmação é do especialista da Confederação Nacional da Indústria (CNI) Percy Soares durante sessão Tecnologias de reúso: podemos lidar com inovações?, realizada nesta quarta-feira (21) durante o 8º Fórum Mundial da Água, que ocorre nesta semana em Brasília.
Soares apresentou resultados do estudo da CNI Reúso de efluentes: metodologia para análise do potencial de uso de efluentes tratados para abastecimento industrial, realizado em parceria com a Universidade de São Paulo (USP), que analisa a viabilidade do reúso de água em áreas industriais da Região Metropolitana de São Paulo.
Ele anunciou que a CNI está concluindo outros estudos de viabilidade do reúso de água em cinco estados: Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Rio de Janeiro e Espírito Santo. Segundo Soares, a maior viabilidade de projetos de reúso está em lugares de escassez hídrica, como a região Nordeste. “No entanto, essa região possui baixos índices de saneamento, o que traz barreiras a essas iniciativas”, declarou.
Participaram da sessão representantes do Consórcio Sanitário do Japão, da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental, da Universidade Federal da Paraíba, e da AST Soluções e Serviços de Ambiente, de Portugal.