O Instituto SENAI de Inovação em Soluções Integradas em Metalmecânica (ISI SIM), de São Leopoldo, dará início a dois projetos selecionados recentemente pelo Edital Emergencial Covid-19, com investimentos aportados pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), pela Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) e pela Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI).
Os dois projetos fazem parte de uma abordagem de plataforma de triagem remota, desenvolvida pelo instituto. “Concentramos esforços para a convergência de tecnologias de sensoriamento que possam ser aplicadas a dispositivos ou outros sistemas específicos, em hospitais, indústrias ou ambientes públicos, para auxiliar no monitoramento e na prevenção da covid19”, explica o gestor do Instituto de Inovação, Victor Gomes.
“Para cada situação e ambiente há requisitos diferentes, que determinam sistemas de sensoriamento, incluindo o tipo de dado a ser extraído. A Plataforma de Triagem utilizará Big Data, possibilitando a análise e a classificação de dados de vários dispositivos de triagem, de forma a auxiliar hospitais, sistemas de saúde e a indústria a tomar decisões”, completa.
Um dos projetos aprovados, com foco na triagem em hospitais, será desenvolvido em conjunto com a empresa Novus, de Canoas. O principal objetivo será reduzir a contaminação de profissionais de saúde durante a triagem de pacientes, por meio de extração e análise de vários dados vitais. Isto permite a classificação de pacientes para atendimento específico à covid-19. A ideia também é que os dados obtidos na triagem auxiliem no processo de gestão de hospitais, por meio da identificação do perfil de pacientes e da classificação de risco, utilizando algoritmos de inteligência artificial.
A outra iniciativa é um sistema orientado para a identificação e rastreamento sem contato de pessoas hipertérmicas, em ambientes com aglomeração (shoppings centers, estações de metrô, setores e refeitórios de empresas, etc). O projeto será desenvolvido em conjunto com a empresa Ponfac, de Porto Alegre. O sistema identificará pessoas febris por meio de visão computacional, integrando sensores infravermelhos e câmeras. Além disso, será possível identificar de forma remota se as pessoas de determinado setor do trabalho estão vestindo máscaras de proteção corretamente.
“Como diversas publicações científicas vêm mostrando, a pandemia ainda possuirá diferentes ondas de infecção ao longo do tempo. Por isto, é importante desenvolver formas de monitoramento e prevenção de contágio, para que sistemas de saúde possam estar mais preparados para planejar ações, de acordo com as informações regionais”, relata Victor Gomes.
Atualmente, o ISI SIM desenvolve 13 projetos de pesquisa aplicada ao desenvolvimento de produtos e processo para indústrias.
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